Renan Calheiros lembra relação fraterna com Itamar




Ressaltando que uma das mais pesarosas missões dos homens públicos é se despedir de um político da estatura do senador e ex-presidente Itamar Franco (PPS-MG), o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) disse nesta terça-feira (5) que a morte do colega o entristeceu "profundamente". Ele assinalou que sempre manteve relação muito fraterna com Itamar, cujos desdobramentos interferiram nos rumos da história do Brasil.

Ele lembrou a formação da chapa presidencial que obteve a vitória na primeira eleição presidencial, em 1989, quando acompanhou a negociação que resultou na indicação de Itamar Franco como vice-presidente de Fernando Collor.

- Quis o destino que aquelas gestões fossem decisivas para o Brasil ocupar a posição de destaque que ocupa nos dias de hoje. Apesar de ter durado dois anos (1992-1994), o governo de Itamar Franco deixou uma marca definitiva na história do país e muitas lições para as futuras gerações - afirmou.

Renan também destacou a liderança de Itamar na elaboração do Plano Real; a reorganização do setor público e das relações com a iniciativa privada; nos cortes e racionalização dos gastos; na recuperação da receita tributária; no controle dos bancos públicos e no programa de privatizações. Ele citou, ainda, a redução do consumo com o aumento das taxas de juros e a queda nos preços dos produtos por meio da abertura da economia à competição internacional.

- Itamar entrou para a história por sua firmeza, determinação, patriotismo, retidão e, em muitas oportunidades, pelo traço enigmático, um "mistério das montanhas de Minas" como ele gostava de dizer. Era uma alma independente, irrequieta, simples e austero. Esta é uma perda irreparável e o Brasil ainda sentirá por muitos anos a falta do presidente Itamar Franco. Que Deus o acolha da maneira que ele merece - concluiu.



05/07/2011

Agência Senado


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