Renan Calheiros: votação da MP dos Portos no Senado dependerá de acordo de líderes



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A MP dos Portos (Medida Provisória 595/2012), que ainda está sendo analisada pela Câmara, dependerá de um acordo de líderes para ser colocada em votação pelo Senado. Foi o que afirmou na manhã desta quarta-feira (15) o presidente do Senado, Renan Calheiros. Ao chegar à Casa, ele defendeu a aprovação da MP, que classificou de “fundamental para o país”. A MP perde validade nesta quinta-feira (16) e dependerá dos líderes partidários para ser posta em votação pelo Plenário menos de 48 horas depois de chegar da Câmara.

- Essa medida provisória é fundamental para o país. O que for possível para excepcionalizar a tramitação nós vamos fazer, mas prudentemente é importante conversar com os líderes partidários – disse Renan Calheiros.

Ele afirmou que acredita em uma "resposta positiva" por parte das lideranças.

- Eu acho que haverá condição de acordo, porque o que está posto à prova é o interesse nacional. Essa medida provisória é muito importante para o país. E é fundamental mais uma vez que o Senado dê sua contribuição – reforçou.

Prazo

A demora na votação da MP dos Portos na Câmara dos Deputados foi criticada pelo presidente do Senado. Segundo o parlamentar, o tempo escasso para os senadores examinarem a matéria compromete o papel do Senado. Renan Calheiros cobrou do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, a aprovação da PEC 11/2011, que estabelece um maior prazo de análise das MPs ao Senado. A PEC, do senador José Sarney (PMDB-AP), foi aprovada pelo Senado em agosto de 2011 e seguiu para a Câmara, onde tramita como PEC 70/2011.

- Essa circunstância que não pode continuar. O Senado não pode ficar limitado no seu papel constitucional ao ter que examinar uma medida provisória com um dia ou dois dias. Eu estou aproveitando a oportunidade para cobrar do presidente [da Câmara] Henrique [ Alves] para que seja aprovada a Proposta de Emenda Constitucional – disse Renan.

Caso a Câmara não vote a PEC, Renan Calheiros avalia estabelecer um prazo unilateralmente para apreciar as MPs e deixar caducar aquelas que cheguem ao Senado com um prazo exíguo.

- Nós não vamos concordar com isso mais. Vamos deixar caducar qualquer medida seja qual for a medida provisória – assinalou.



15/05/2013

Agência Senado


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