Renan: PMDB não vai reivindicar liderança do governo no Congresso



O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) anunciou nesta terça-feira (10) que o PMDB não reivindicará a liderança do governo no Congresso. O cargo está vago e era ocupado pelo senador peemedebista licenciado e atual ministro da Previdência Social, Amir Lando. Líder do PMDB no Senado, Renan disse que a indicação do líder do governo não deve responder a demandas políticas, já que é "da alçada exclusiva e de estrita confiança" do presidente da República.

- Vamos seguir exatamente o mesmo comportamento que tivemos durante a reforma ministerial, deixando o presidente Lula livre para tomar as decisões que melhor estabilizem a base de sustentação congressual do governo - declarou. Renan chegou a admitir a pretensão de o PMDB manter-se no cargo, mas sustentou que, se isso não ocorrer, não será motivo para deixar de apoiar o PT na busca pela governabilidade do país.

Renan Calheiros também manifestou "repúdio e indignação" pela nomeação de João Batista Campelo, acusado de ter atuado como torturador durante o regime militar, para a Procuradoria Jurídica da Câmara Legislativa do Distrito Federal. O senador lembrou a repercussão negativa junto à opinião pública com a indicação, em 1999, de Campelo para a diretoria-geral da Polícia Federal.

- Foi tamanha a reação da imprensa e dos grupos ligados aos direitos humanos que ele teve de pedir demissão três dias depois - comentou. É com base nesse precedente que o parlamentar apela pela revisão da nomeação ao presidente da Câmara Legislativa do DF, deputado Benício Tavares.



10/02/2004

Agência Senado


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