Renan recebe presidente da Comissão de Transporte da Bacia do Prata



O presidente do Senado, Renan Calheiros, recebe nesta terça-feira (5), ao meio-dia, Horacio López, presidente da Comissão Permanente de Transportes da Bacia do Prata. A espinha dorsal dessa bacia é a hidrovia Paraguai-Paraná, que se estende do Porto de Cáceres (MT) a Nova Palmira, no Uruguai, eixo fluvial considerado básico para a integração dos países do Mercado Comum do Sul (Mercosul).

O papel dessa bacia, como opção de escoamento natural de cargas em direção aos mercados regionais e internacionais, é valorizado não apenas em função de seu interesse econômico, mas também como instrumento que permite aos países interioranos acesso ao mar. A hidrovia Paraguai-Paraná constitui a primeira iniciativa brasileira de projeto regional de utilização fluvial compartilhada na América Latina, fundamental para o fortalecimento do Mercosul.

Em 1992, Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai assinaram o Acordo de Transporte Fluvial pela Hidrovia Paraguai-Paraná, regulamentando as atividades de navegação nessa hidrovia. O objetivo é que as embarcações que ali trafegam se submetam às mesmas regras em todos os trechos da bacia, sem necessidade de atender a leis de cinco países diferentes. A idéia desses países foi reduzir os custos do transporte e otimizar a navegação e o comércio por esse curso fluvial.

Treze regulamentos desse acordo já foram aprovados para entrar em vigor nos cinco países. Apenas os dois regulamentos mais recentes - Regime Uniforme sobre a Praticagem na Hidrovia e Planos de Formação e Capacitação para o Pessoal Embarcado da Hidrovia - ainda não foram incorporados ao ordenamento jurídico brasileiro. Para o Comitê Intergovernamental Coordenador dos Países da Bacia do Prata (CIC), a hidrovia é mais importante, política e economicamente, do que o tratamento que tem recebido.

O CIC defende a realização de obras que são necessárias para esse curso fluvial funcionar 24 horas por dia. Mas, em Mato Grosso, o Ministério Público ajuizou ação, já acolhida pela Justiça Federal, que impede qualquer obra na hidrovia Paraguai-Paraná enquanto não for efetuado um estudo de impacto ambiental na sua zona de influência, o que inclui o Pantanal. Os Ministérios do Meio Ambiente e dos Transportes estão trabalhando em contato com o Judiciário para encontrar uma solução que permita melhorar a hidrovia sem afetar o ecossistema.



04/09/2006

Agência Senado


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