Renzo Agresta traça Bolsa Pódio como meta para 2014



O esgrimista Renzo Agresta encerra o ano de 2013 comemorando a inédita medalha de ouro de um brasileiro no sabre, no Pan-Americano de Esgrima, em Cartagena (COL), mas já com sonhos e metas para 2014. "Meu objetivo para a temporada é voltar a estar entre os 20 do mundo (atualmente é o 26º)", projeta. Com isso, Renzo tem dois objetivos: ser contemplado com a Bolsa Atleta Pódio do Ministério do Esporte e entrar como cabeça de chave nos torneios internacionais que disputar, posição reservada aos 16 melhores do ranking.

"Quero estar entre os 20 primeiros do mundo e, depois, entre os 16. Quero ter direito à Bolsa Pódio e entrar diretamente na fase eliminatória dos torneios, um passo enorme. Em 2012, aproveitei bem algumas competições como cabeça de chave", enfatiza Renzo, que fica no Brasil até o fim de janeiro e depois segue para uma temporada de treinos e competições na Europa - sua base é Roma, na Itália.

Renzo, de 28 anos, que está na esgrima desde os 12, acrescenta que 2013 também foi voltado para a preparação física e técnica, base do trabalho para 2016. "Estou fazendo aulas diárias com o Alkhas (o técnico Alkhas Lakerbai) e tendo um super acompanhamento no Pinheiros, na parte de nutrição, psicologia e fisioterapia", explica. As competições foram bem selecionadas. "Conseguimos planificar muito bem quais resultados queríamos. Se atingimos ao objetivo, é porque fizemos o trabalho certo. Agora, avaliamos tudo isso e vamos replicar em 2014."

Quebra de hegemonia
O técnico russo Alkhas Lakerbai, que vive no Brasil desde 1995 e trabalha com Renzo Agresta e a seleção brasileira, observa que ganhar o Pan-Americano pela primeira vez foi muito importante. "O Renzo ganhou um campeonato que significa muito, desde que passou a valer pontos no ranking, em 2006, os mesmos de um Grand Prix, os campeonatos de maior valor no calendário. Renzo é o primeiro brasileiro que ganhou um Pan Grand Prix na esgrima. Colocou o Brasil no seleto grupo dos países que têm campeão pan-americano, como Estados Unidos e Canadá. No sabre, sempre ganhavam canadenses ou americanos e ele quebrou essa hegemonia para mostrar aos outros países que não são os únicos donos da bola. Por isso, o ano de 2013 foi bom e ele já começa 2014 com outra perspectiva", destaca.

Bolsa Pódio, outro objetivo
Renzo Agresta entende que os recursos da Bolsa Pódio poderiam ajudá-lo a investir no sonho de bom resultado, e medalha, nos Jogos do Rio, em 2016. "Eu acredito que a esgrima tem chance de medalha em 2016, sim. Eu me vejo como um candidato, pelos resultados ao longo da minha carreira. Venci campeões mundiais e medalhistas olímpicos, tive resultados em etapas da Copa do Mundo", almeja. "Sem dúvida, a chance existe. Talvez não seja a mesma de modalidades como natação, judô e ginástica, mas a chance existe e, por isso, deve ser trabalhada", completa Renzo.

Fonte:
Brasil 2016 

20/12/2013 17:21


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