REPRESENTANTE DA INDÚSTRIA DE ARMAS CONTESTA DADOS DIVULGADOS POR ONG"S



Em pronunciamento feito nesta quinta-feira (dia 13) durante audiência pública para instruir o exame de proposta que restringe a fabricação e o uso de armas de fogo no Brasil, o presidente da Associação Nacional da Indústria de Armas e Munição, Carlos Alberto Murgel, contestou dados divulgadas por organizações não-governamentais, segundo os quais, de cada 16 pessoas que reagem a assaltos 15 são mortas ou feridas. Ele negou a existência de qualquer comprovação deste número, justificando que as vítimas quando conseguem impedir um ataque dificilmente registram ocorrência na polícia ou comunicam na imprensa.
O representante da Indústria de Armas e Munição, que também é diretor-presidente da Taurus, afirmou que os empresários do setor não defendem a venda sem controle de armamentos, nem que todo e qualquer cidadão saia armado às ruas. Carlos Murgel lembrou que entre os anos de 1995 e 1997, as indústrias de armas e munição trabalharam em conjunto com os ministérios do Exército, Marinha, Aeronáutica, Justiça, Relações Exteriores e Fazenda para criar lei tratando do registro e porte de armas. A legislação, segundo ele, é uma das mais modernas e rígidas em vigor no mundo.
Ao finalizar seu pronunciamento, Carlos Murgel afirmou que ao invés de restringir o porte de armas é necessário atacar as verdadeiras causas do fenômeno da violência. Ele defendeu medidas como o reaparelhamento e a modernização dos sistemas públicos de segurança e a reestruturação dos valores éticos e morais.

13/01/2000

Agência Senado


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