Representante do ICMBio relata esforço pela preservação das espécies
O Brasil tem feito um grande esforço para conservar suas espécies ameaçadas de extinção. A declaração foi dada pelo representante do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rômulo Mello, durante painel que debateu a conservação de espécies, na tarde desta sexta-feira (14). O painel faz parte do colóquio A proteção de espécies ameaçadas de extinção, realizado no auditório do Interlegis.
Rômulo Mello lembrou que uma das missões do ICMBio é proteger espécies ameaçadas e informou que o Brasil abriga 134 mil espécies de animais, das quais 627 estão em risco de extinção.
- Pode parecer um número pequeno, mas é muito significativo. Temos que evitar que outras espécies entrem em risco de extinção - declarou.
Rômulo Mello afirmou que o ICMBio e parceiros científicos têm realizado grande esforço para identificar as espécies ameaçadas de extinção. Mello também defendeu a regularização fundiária, "pagando o preço justo", quando necessário para a preservação do meio ambiente. Ele aproveitou para pedir mecanismos de financiamento estáveis para as ações de conservação da biodiversidade.
- O financiamento precisa ser uma questão de estado e não de governo - disse.
O representante do instituto também detalhou os Planos de Ação Nacionais para a Recuperação e Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção (PAN), que incluem desde fiscalizações até pesquisas e campanhas de educação ambiental. Segundo Mello, os PANs cobrem 23% das espécies ameaçadas e a expectativa é de que o número chegue a 100% até o fim de 2014.
- Cada espécie reintegrada ao ambiente natural é uma grande vitória - afirmou Mello.
Acordos internacionais
Para a representante da Divisão de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Larissa Maria Lima Costa, o Brasil tem uma preocupação conservacionista em relação às espécies ameaçadas de extinção.
Larissa Costa disse que a posição do Brasil nos fóruns de debate e nos acordos internacionais sobre meio ambiente é sempre defender o uso sustentável da natureza e a preservação das espécies. Para Larissa, mais importante que firmar um acordo internacional é ter condições de implementar as medidas combinadas. Ela explicou que um dos benefícios de participar de um acordo internacional é levar o problema ambiental para um nível mundial.
- O apelo fica maior. O que é decidido em um ambiente exterior termina por influenciar decisões posteriores no ambiente interno - afirmou.
A representante do MRE defendeu a importância da preservação da flora, já que as florestas formam o ambiente de vida dos animais. Larissa Costa ainda defendeu a identificação eletrônica de madeiras comerciáveis como forma de controlar o comércio legal e inibir o tráfico de madeira.
O colóquio A proteção de espécies ameaçadas de extinção é uma realização conjunta do Senado, do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), através da Comissão de Direito Ambiental (CEL) e da Comissão de Sobrevivência de Espécies (SSC). O encontro discutiu a situação das espécies ameaçadas, a política de conservação e a conexão entre economia e biodiversidade.
14/10/2011
Agência Senado
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