Requião contesta ampliação do capital estrangeiro no Banco do Brasil



O senador Roberto Requião (PMDB-PR), em pronunciamento nesta quarta-feira (6), declarou sua surpresa com o decreto que elevou para 30% a participação de estrangeiros no capital ordinário do Banco do Brasil. No requerimento de informações sobre a medida que apresentou, o parlamentar atacou o aprofundamento da privatização de uma instituição lucrativa e o desvirtuamento de sua condição de banco oficial.
- Trata-se de uma forma disfarçada de permitir que adentre no Brasil capital meramente especulativo, que somente gerará uma transitória elevação de nossas reservas cambiais - avaliou.
Para Requião - que considerou o decreto nulo por falta de justificação -, o aumento da participação de estrangeiros não corresponde a um crescimento do montante de recursos do Banco do Brasil. O senador teme que o banco saia das mãos do Estado brasileiro e opinou que, ao privatizar petróleo, ferrovias, rodovias e aeroportos, o governo busca acenar para a "direita" e evitar o surgimento de uma oposição.
Em aparte, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) criticou a falta de diferenciação das candidaturas presidenciais, considerando que todos são pautados pelo "dogma" do mercado e nenhum se propõe a debater o fortalecimento do papel estratégico do Estado.

O senador Roberto Requião (PMDB-PR), em pronunciamento nesta quarta-feira (6), declarou sua surpresa com o decreto que elevou para 30% a participação de estrangeiros no capital ordinário do Banco do Brasil. No requerimento de informações que apresentou sobre a medida, o parlamentar atacou o aprofundamento da privatização de uma instituição lucrativa e o desvirtuamento de sua condição de banco oficial.

- Trata-se de uma forma disfarçada de permitir que adentre no Brasil capital meramente especulativo, que somente gerará uma transitória elevação de nossas reservas cambiais - afirmou.

Para Requião - que considerou o decreto nulo por falta de justificação -, o aumento da participação de estrangeiros não corresponde a um crescimento do montante de recursos do Banco do Brasil. O senador teme que o banco saia das mãos do Estado brasileiro e opinou que, ao privatizar petróleo, ferrovias, rodovias e aeroportos, o governo busca acenar para a "direita" e evitar o surgimento de uma oposição.

Em aparte, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) criticou a falta de diferenciação das candidaturas presidenciais, considerando que todos são pautados pelo "dogma" do mercado e nenhum se propõe a debater o fortalecimento do papel estratégico do Estado.



06/11/2013

Agência Senado


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