REQUIÃO CRITICA ATUAÇÃO DO SUPREMO
Segundo Requião, há fortes indícios de sonegação de Imposto de Renda na operação de transferência de compra da fazenda, localizada no município de Buritis (MG). O senador leu durante seu discurso trechos de uma reportagem sobre o assunto publicada pela revista IstoÉ em novembro de 1993. Ali se afirma que a fazenda foi vendida ao presidente, em 1989, por valor equivalente a US$ 2 mil, quando estaria avaliada em R$ 500 mil. A propriedade, de 1.046 hectares, teria sido adquirida anos antes pelo vendedor, Pedro Cesar Hartmann, por US$ 140 mil.
- Essa fazenda não poderia ser considerada símbolo nacional, a não ser que fosse da Nicarágua de Somoza - disse Requião. Ele acredita que a área foi adquirida com dinheiro proveniente de sobras de campanhas eleitorais, já que o presidente a comprou em sociedade com o falecido ministro das Comunicações Sérgio Motta, caixa de diversas campanhas eleitorais de membros do PSDB, principalmente as de Fernando Henrique.
Outro indício de fraude fiscal, conforme o senador, foi a transferência da fazenda, em 1991, para uma empresa de Fernando Henrique e Motta por valor equivalente a US$ 20 mil. Na época, Fernando Henrique era senador. Em 1993 passou a ocupar o Ministério das Relações Exteriores e em seguida foi nomeado ministro da Fazenda.
Para Requião, o país não pode aceitar o que chamou de "brincadeira" do STF, antes um tribunal "respeitado". Citando expressão em latim - modus in rebus, que quer dizer "moderação na coisa" - Requião exigiu do Supremo decisões mais condizentes com a estatura daquela corte.
03/10/2000
Agência Senado
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