Requião defende elevação de salários e redução de impostos para estimular economia
Na opinião do senador Roberto Requião (PMDB-PR), a receita "ortodoxa" de ser contra aumentos de salários que reponham os índices de inflação ou que acompanhem a elevação dos índices de produtividade não é a melhor forma para conter a demanda e segurar a pressão inflacionária no Brasil. Em discurso nesta segunda-feira (16), ele defendeu que elevar o poder de compra do cidadão e estimular a produtividade das empresas faz bem à economia.
- Por que a crise [de 2008] não bateu fundo, não ribombou no nosso Brasil? Porque os salários e a renda dos trabalhadores e da classe média seguiram aumentando no compasso do aumento da produtividade, elevando a demanda, fazendo mover as engrenagens da produção, enfim estabelecendo aquilo que chamamos círculo virtuoso do desenvolvimento econômico - disse.
Para provar sua tese, Requião mencionou sua experiência no governo do Paraná, quando baixou impostos, reduziu juros de empréstimos e fez reformas para melhorar as condições de vida da população e estimular o mercado interno. Ele lembrou que zerou impostos das microempresas e reduziu o das pequenas, em troca de abertura de novos postos de trabalho. Com a carga reduzida, essas empresas teriam passado a produzir e vender mais e contratar mais empregados.
Segundo Requião, como resultado dessas e outras medidas, o Paraná foi uma dos estados que mais avançou no combate à miséria entre 2003 e 2010.
- Como diria Thomaz Palley, um dos mais respeitados economista norte-americanos: é tão simples assim - disse.
Requião afirmou que evitar os reajustes de salários é atuar como os Estados Unidos, "que, descolando os salários da produtividade, levou ao desastre". Não é justo, em sua opinião, estimular o arrocho e jogar sobre os trabalhadores e consumidores as contas das crises provocadas pelo "capital vadio".
16/05/2011
Agência Senado
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