Restauração do painel “São Paulo – Brasil: Criação, Expansão e Desenvolvimento” termina essa semana



Tela de 4,5 m x 16 m, do artista Antonio Henrique Amaral, substituiu o painel Tiradentes, de Portinari, no hall de entrada do Palácio dos Bandeirantes

A restauração do gigantesco painel em óleo sobre tela “São Paulo – Brasil: Criação, Expansão e Desenvolvimento”, do artista plástico paulista Antonio Henrique Amaral, de 71 anos, será concluída esta semana.

A obra de 4,5 metros x 16 metros, que ocupa o hall de entrada do Palácio dos Bandeirantes, foi a vencedora do concurso, realizado pelo governo do Estado em 1989, para substituir o painel de Tiradentes, de Portinari, transferido para o Memorial da América Latina.  

Inspirados nos bandeirantes, os artistas plásticos Antonio Amaral, Waldir Sarubi, Sérgio Ferro, José Aguilar, Cláudio Tozzi e Emanoel Araújo apresentaram projetos a uma comissão, que escolheu o trabalho “São Paulo – Brasil: Criação, Expansão e Desenvolvimento”.

Os trabalhos apresentados, em dimensões menores, também foram adquiridos e fazem parte do acervo dos palácios.

Amaral trabalhou oito meses na tela, que teve como ponto de partida duas referências básicas: na forma, uma visão histórica de São Paulo, seu crescimento e a formação da nação brasileira; na cor, desenvolvimento e consciência ecológica.

O painel retrata a necessidade da consciência ecológica para o processo e futuro desenvolvimento e ocupação de nosso território; a criação do novo Colégio dos Jesuítas nas planícies de Piratininga; os batelões dos paulistas adentrando o sertão pelos caminhos dos rios; a descoberta das minas e do ouro encravado no corpo das montanhas; acampamentos que se tornam pequenos povoados e depois vilas; ciclos da cana de açúcar e do café; o processo de industrialização; cidades seguindo o homem que as faz, sempre tendo como pano de fundo a cor verde, simbolizando o respeito a natureza e a consciência de que a preservação do meio ambiente é a fonte de energias para cumprir o destino do povo numa nação civilizada.

Desde o dia 16 de outubro deste ano, as restauradoras Adriana Pires e Tatiana Herrmann, do acervo dos Palácios dos Bandeirantes, Campos de Jordão e Horto Florestal, trabalham na tela. “O problema dessa obra foi a descaracterização do verniz, em função de exposição à luz”, declarou Adriana, acrescentando que, em alguns pontos, o produto escorreu junto com as tintas.

O verniz foi trocado e a pintura recuperada depois que as restauradoras fizeram um laudo técnico do painel. Adriana informou que elas, também, fizeram a higienização e limpeza. “Todo o trabalho é documentado antes, durante e depois de todo o processo de restauração, inclusive, com arquivo fotográfico”, afirmou.

Tatiana disse que, antes de iniciar os trabalhos, elas conversaram com o autor para saber detalhes do material utilizada por ele na obra. “Fomos ao atelier do Antonio Henrique e ele nos disse que tipo de tinta usou. Isso nos ajuda bastante porque ficamos sabendo que tipo de solvente poderíamos u

12/13/2006


Artigos Relacionados


Brasil passa integrar Painel de Sustentabilidade Global da ONU a partir desta semana

USP: Inscrições para MBA da Poli terminam essa semana

USP: Inscrições para MBA da Poli terminam essa semana

Veja cinco programas culturais gratuitos para essa semana

Terceira Idade: inscrições para cursos gratuitos vão até essa semana

CFC poderá votar relatório sobre grilagem de terras no DF essa semana