Rio de Janeiro inaugura segundo banco de olhos



A fila de espera por transplante de córneas no Rio de Janeiro deve ser desafogada com a inauguração, nesta terça-feira (24), do segundo Banco de Olhos do Estado. O novo equipamento é fruto de uma parceria com o Programa Estadual de Transplantes (PET) e integra a estrutura já existente do Banco de Tecidos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into). O Banco de Olhos vai contar com três médicos oftalmologistas especialistas em transplantes de córneas, além da equipe de enfermeiros capacitados para a captação de ossos e córneas. A nova estrutura deve possibilitar um aumento significativo de transplantes de córnea. 

O número de transplantes, entre janeiro e agosto de 2013, já é 16% maior que o mesmo período de 2012, totalizando 220 procedimentos até então.  A expectativa é de que em um ano, o Rio de Janeiro será um dos cinco primeiros transplantadores de córnea do Brasil.

A fila de espera no Rio de Janeiro atualmente tem cerca de 860 pessoas. O objetivo da coordenação do Programa Estadual de Transplantes é captar, inicialmente, de 50 a 60 córneas por mês, número cinco vezes maior do que é feito hoje.

Atualmente, sete hospitais realizam esse tipo de cirurgia no estado do Rio de Janeiro através do SUS: Hospital Federal Ipanema, Hospital Universitário Antônio Pedro (UFF), Hospital Universitário Pedro Ernesto (Uerj), Hospital Federal dos Servidores do Estado, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ), Hospital Adventista Silvestre e Oftalmoclínica São Gonçalo.

Doação de córneas

A remoção de córneas não acarreta efeito estético indesejável e o doador poderá devolver a visão a dois pacientes que aguardam na fila de transplante de córnea. Para ser doador, não é necessário deixar documento por escrito. Basta comunicar a família o desejo da doação em vida e o parente autorizar oficialmente após a morte.

Ao contrário do que acontece com órgãos como coração, fígado e rim, os tecidos como córneas, ossos, pele e válvulas cardíacas podem ser doados em caso de morte encefálica e de parada cardíaca. A família pode ligar para o número 155, da Central de Transplantes, e comunicar o desejo de doação. Um profissional do Banco de Olhos irá até o local para providenciar a autorização por escrito de um familiar do doador.

Em seguida, é providenciada a coleta de sangue para realização de exames e retirada das córneas. O prazo para captação do material é de até seis horas após o falecimento, mas devidamente armazenadas no Banco de Olhos, as córneas captadas podem durar até 14 dias, o que é um facilitador para as cirurgias de transplante.

 

Fonte:

Ministério da Saúde



24/09/2013 20:20


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