Rio pode "entrar para ganhar" na disputa pelos Jogos Olímpicos de 2016, diz Orlando Silva



O Rio de Janeiro pode "entrar para ganhar" na disputa para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, disse nesta quarta-feira (26) o ministro do Esporte, Orlando Silva, durante audiência pública da Comissão de Educação (CE) destinada a uma avaliação dos resultados dos Jogos Panamericanos de 2007. A candidatura da cidade, afirmou, tem sido vista com respeito em todo o mundo.

- A candidatura do Rio é respeitável não pelo que queremos ou falamos, mas pelo que realizamos durante os Jogos Panamericanos. Nosso foco central é o de trazer para o Brasil os Jogos Olímpicos de 2016 - informou Orlando Silva.

O ministro lembrou que, após o Pan, o Rio de Janeiro já foi escolhido para sediar, em 2011, os Jogos Mundiais Militares. No dia 30 de outubro, recordou ele ainda, o Brasil poderá ser confirmado como sede da Copa do Mundo de 2014. Existe ainda a possibilidade de realização em 2015, no país, da Universíade, competição universitária organizada pela Federação Internacional do Esporte Universitário.

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, citou o resultado de pesquisa realizada nos estádios do Rio, durante os Jogos Panamericanos, segundo a qual 95% dos entrevistados gostariam que as Olimpíadas de 2016 se realizassem na cidade. Para ele, a organização de eventos internacionais ajuda o país a deixar a "monocultura esportiva", em uma referência indireta ao futebol, e a atrair jovens e crianças para a prática esportiva.

Em sua apresentação sobre os jogos realizados no Rio, Nuzman destacou o "nível olímpico" das instalações e dos serviços oferecidos aos atletas e espectadores, além da qualidade dos serviços públicos de segurança e transporte e da ampla adesão da população.

O presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Vital Severino Neto, observou que, pela primeira vez, os Jogos Para-Panamericanos utilizaram a mesma organização e a mesma infra-estrutura dos Jogos Panamericanos. Ele disse ainda que os atletas brasileiros superaram todas as expectativas.

- Ninguém esperava uma vantagem tão grande - admitiu Vital Severino Neto.

Ao elogiar as exposições dos três convidados, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), presidente da CE, disse que pela primeira vez "os craques são os cartolas".Um dos autores do requerimento para a realização da audiência, o senador Renato Casagrande (PSB-ES) disse que os Jogos Panamericanos ajudaram a colocar o esporte como "prioridade nacional". O esporte, a seu ver, pode ser considerado - juntamente com a educação - como o melhor caminho para o combate à violência e às drogas.

O carinho demonstrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Rio de Janeiro foi destacado pelo senador Wellington Salgado (PMDB-MG), que lamentou as vaias dirigidas ao presidente durante a cerimônia de abertura dos jogos. O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) lembrou as críticas aos gastos com a realização do evento, que teriam sido excessivos. Na sua opinião, ao contrário, tratou-se de um "investimento fabuloso". Arruda e o senador Paulo Duque (PMDB-RJ) observaram ainda que os Jogos Panamericanos deixaram de ser apenas cariocas para se tornarem um evento brasileiro.

26/09/2007

Agência Senado


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