ROBERTO REQUIÃO DENUNCIA IRREGULARIDADES DA EDITORA ABRIL
- Quero somá-las a informações de que já disponho para pedir uma CPI que investigue as atividades desse verdadeiro grupo de gângsteres, e termine por colocar essa quadrilha na cadeia.
Em pronunciamento nesta sexta-feira (dia 24), Requião citou coluna do jornalista Sebastião Nery, na Tribuna da Imprensa, denunciando o grupo Abril por ter vendido hotéis construídos em parques urbanos em São Luís e Salvador, em terrenos doados pelos então governadores José Sarney e Antonio Carlos Magalhães sob a promessa de preservar os parques.
- Vendidos os hotéis ao grupo Sofitel, a Abril está loteando os parques para construção de casas. O Ministério Público está preparando denúncia - escreveu Nery, segundo o senador.
Para Requião, a Editora Abril é uma "quadrilha editorial" que está explorando patrimônio público.
- Também não podemos aceitar que essa representante da imprensa marrom fique espalhando notícias falsas e canalhas. Denunciei, aqui nesse plenário, reportagem da Veja com acusações à minha mulher de remessa irregular de dólares para o exterior. Isso não ocorreu e tenho documentos para provar a legalidade dessa operação financeira.
O senador pelo Paraná lembrou o episódio envolvendo o Bamerindus, que ele próprio, também, já denunciou em plenário.
- Quando era governador do Paraná, processei o grupo por negócios irregulares com o Banco do Estado do Paraná, mas não quis tornar a denúncia pública, deixando a questão nas mãos da Justiça. Roberto Civita convenceu-me da necessidade de denunciar as irregularidades do grupo Bamerindus na revista Veja.
Segundo Requião, depois de obter as informações, a Editora Abril não publicou uma linha sequer sobre o assunto.
- Mas usou as informações para chantagear o grupo Bamerindus que, durante meses, veiculou páginas e páginas de anúncios na revista Veja. Assim age o grupo Abril e somente uma CPI pode esclarecer a real natureza de seus negócios escusos - concluiu.
24/09/1999
Agência Senado
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