Rodovias concedidas tiveram maiores investimentos por km nos últimos oito anos, aponta Ipea



O valor investido por quilômetro (km) nas rodovias concedidas, entre os anos de 2003 e 2011, passou de R$ 160 mil para R$ 254 mil. No mesmo período, esse valor nas estradas públicas federais passou de R$ 25 mil para R$ 177 mil por km. Segundo o estudo Rodovias Brasileiras: Investimentos, Concessões e Tarifas de Pedágio, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apesar de o crescimento ter sido maior nas estradas públicas, o investimento por quilômetro nas rodovias concedidas sempre foi superior ao valor aplicado nas públicas.

O principal motivo, segundo o Ipea, é a diferença na extensão das malhas. A malha rodoviária concedida, que inclui estradas federais e estaduais, representa 15.234 km, enquanto as estradas federais sob administração pública somam 57.157 km. “Portanto, mesmo que o investimento público em rodovias sendo maior que o privado, em valores absolutos, quando o dividimos pelas extensões das respectivas malhas apresenta-se uma situação inversa”, aponta o estudo.

O Ipea também concluiu que o investimento médio por quilômetro nas vias concedidas ao setor privado tende a se estabilizar, principalmente porque, após os investimentos iniciais de recuperação, essas rodovias passam a apresentar um bom padrão de qualidade. Nas rodovias federais, o investimento médio por quilômetro tende a continuar crescendo, já que cerca de 30% da malha ainda apresentam condições gerais classificadas como péssimas e ruins.

O instituto também verificou que as tarifas médias de pedágio para sete estados brasileiros apresentam considerável variação. Minas Gerais apresentou o menor valor, com pedágio de R$ 6,46 a cada 100 km. No Rio de Janeiro foi registrado o maior valor da série, com tarifa média de R$ 12,93 por 100 km.

Segundo o estudo, as tarifas de pedágio praticadas na segunda etapa de concessões federais, de 2008 a 2009, foram 70% menor que na primeira etapa, de 1995 a 1997, principalmente por causa de diferenças no risco-país e na taxa básica de juros (Selic) das duas épocas.

 

Fonte:
Agência Brasil



19/04/2012 16:37


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