Maguito: problemas atuais se devem aos desacertos dos últimos oito anos
O senador Maguito Vilela (PMDB-GO) fez uma defesa veemente do governo Luiz Inácio Lula da Silva e acusou os representantes dos partidos de oposição (PSDB e PFL) de tentarem se apresentar "como bons brasileiros", quando os atuais problemas se devem "também aos desacertos" dos últimos oito anos.
- Todos que estão aí falando de CPI do Waldomiro tiveram oito anos para mudar o Brasil. Ou vocês acham que o atual desemprego se deve ao presidente Lula? Ou será que as estradas ficaram esburacadas só depois que o presidente Lula tomou posse? Ou será que eles esqueceram que o governo passado tirou bilhões do povo para botar no Proer? Esqueceram da CPI dos empreiteiros? - interrogou Maguito Vilela.
O senador de Goiás, vice-presidente nacional do PMDB, desafiou as oposições a apresentarem sugestões para reduzir com rapidez o desemprego, para baixar os juros sem fuga de investidores e retomada do crescimento imediato da economia. "Uma oposição ferrenha não colabora com a democracia", sustentou.
Maguito Vilela anunciou a apresentação de dois projetos de lei que, afirmou, irão colaborar para o aumento do emprego e até da arrecadação. O primeiro determina que o governo terá de corrigir anualmente os valores que permitem a uma empresa usufruir os benefícios do Simples - programa que prevê um regime tributário simplificado para as microempresas e as empresas de pequeno porte. A primeira correção englobará o período decorrido desde janeiro de 1999.
Pela falta de correção, disse, a cada ano milhares de empresas deixam de se beneficiar com o Simples, porque seu faturamento sobe. Lembrou que as pequenas e microempresas oferecem mais de 65% dos empregos do Brasil e precisam de um melhor tratamento por parte do governo. Ele prevê que, com a mudança, a arrecadação inclusive deverá subir.
O segundo projeto busca eliminar as vedações que impedem empresas de aderirem ao Simples. Hoje, não podem fazer a opção empresas de conservação e limpeza, de vigilância, de construção civil, de atividades financeiras e empresas que explorem profissão que dependa de habilitação profissional. A lei estabelece ainda que empresas "assemelhadas" a estas áreas também não podem aderir ao Simples e, como resultado, a Receita Federal criou mais de 300 atividades "assemelhadas", excluindo mais de 80 mil empresas do Simples, justificou Maguito Vilela.
Maguito Vilela foi apoiado pelos senadores Leomar Quintanilha (PMDB-TO), Hélio Costa (PMDB-MG), Ney Suassuna (PMDB-PB) e Tião Viana (PT-AC). O senador Leonel Pavan (PSDB-SC) contestou as afirmações de Maguito Vilela sobre o governo passado, observando que o próprio presidente Lula declarou que Fernando Henrique Cardoso "teria saído do governo como um Deus" se não tivesse pleiteado a reeleição.
25/03/2004
Agência Senado
Artigos Relacionados
Dengue teve altos índices de infestação nos últimos oito anos
Rodovias concedidas tiveram maiores investimentos por km nos últimos oito anos, aponta Ipea
Últimos jogos definem oito vagas restantes para a Copa
Maguito cobra mais atenção do governo para problemas sociais
Sadi Cassol saúda os 30 anos do PT e diz que Dilma dará continuidade às atuais políticas da área social
Maguito diz que políticos devem contribuir para o fim do preconceito racial