Rosalba Ciarlini apresenta razões contra uso de cartões corporativos



A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) disse que o sistema de despesas com cartões corporativos não pode continuar. Em sua opinião, não é possível "que gastos com passagens aéreas e hospedagem se excluam do dever da licitação a que acorram, em igualdade de condições e em busca de melhor preço, as empresas e agências especializadas". Ela também não concorda que, em nome e em defesa do uso de cartões corporativos, "se ocultem gastos da fiscalização universal, pública e restrita".

- Não é lícito, razoável e legal que a despesas com manutenção corriqueira de palácios e residências oficiais não possam prever suas necessidades com a antecedência necessária, de forma a possibilitar a licitação previa. E é espantoso que uma ação governamental cuja essência é o planejamento e a metódica e inteligente busca de informações, qual seja, a segurança de autoridades, não se faça com a previsibilidade de gastos e provedores - protestou.

De acordo com a parlamentar, deve-se impor à CPI "o dever de tudo investigar, sem limitação alguma quer de matéria, quer de tempo, quer de pessoa".

- Não se pode alegar razões genéricas e abstratas para negar a divulgação de qualquer despesa que seja - disse.

Em aparte, o senador Gerson Camata (PMDB-ES) propôs aos demais senadores "uma cruzada":

- O senador que evita quebrar um sigilo bancário, o senador que esconde um depoente que é chamado, Conselho de Ética nele. Ele está ferindo o decoro parlamentar porque está impedindo a instituição de apurar um roubo. Mete esse senador no Conselho de Ética, cassa o mandato dele - sugeriu.



28/02/2008

Agência Senado


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