RS terá 20 novos postos de gás para automóveis





RS terá 20 novos postos de gás para automóveis
Convênio firmado entre governo estadual e a Ipiranga amplia rede de postos de comercialização do combustível

Com o gás natural no carro, a economia é de 60% na comparação com a gasolina. Cada metro cúbico, suficiente para percorrer de 10 a 12 quilômetros, custa R$ 0,86.

O governo estadual assinou ontem um convênio com a distribuidora Ipiranga para a instalação de quatro pontos de venda de GNV (Gás Natural Veicular) no Estado, dois em Porto Alegre, um em Cachoeirinha e outro em Gravataí. Mas até o fim do ano, mais 20 pontos serão instalados no RS pela Ipiranga.

O investimento da empresa será de R$ 1,2 milhão por unidade. A Ipiranga já tem 40 pontos de venda de GNV no País e instalará outros 60 até dezembro. Alfredo Tellechea, diretor de marketing da distribuidora, diz que mais de 5% da frota de veículos leves podem se beneficiar desse combustível ainda este ano. "As estimativas apontam um milhão de veículos movidos a GNV até 2005."

O GNV é distribuído aos postos a R$ 0,46 o metro cúbico, segundo a tabela da Sulgás (Companhia de Gás do RS), e comercializado a R$ 0,86 pelos postos. Qualquer pessoa pode converter o seu veículo para rodar com gás natural, desembolsando de R$ 3 mil a R$ 4 mil. Com isso, o veículo passa a ser bicombustível, rodando com gasolina e gás.


Terceirizados crescem no RS.
A terceirização está deslocando trabalhadores da indústria para a prestação de serviços no Estado. A constatação é do presidente da FGTAS (Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social), Heitor Lermen. 'A transformação dos empregados em prestadores de serviços está modificando as relações de trabalho."

Em 2001, o SPE (Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda) atingiu o melhor resultado de toda a sua história, empregando 71.899 pessoas.
Em 2001, o setor que mais abriu vagas através do SPE foi o de serviços (39,7%), seguido da indústria (23,8%) e comércio (18,3%). A Construção Civil abriu 7% das vagas.

O setor de serviços também está em primeiro lugar na colocação de trabalhadores no mercado. Responde por 36,8% dos postos. O comércio tem 22,8% das colocações.
A indústria respondeu por 21,5% dos empregos criados através do sistema em 2001. "Na última década, a indústria reduziu as contratações, com a adoção de novas tecnologias", explica o presidente da FGTAS.


Fórum Social Mundial salva hotéis da Capital.
A rede hoteleira de Porto Alegre já está comemorando as melhores taxas de ocupação dos últimos anos por conta do Fórum Social Mundial, que começa amanhã e vai até 5 de fevereiro. Convidados, conferencistas, visitantes e jornalistas estrangeiros já ocupam 95% dos leitos dos 59 estabelecimentos da cidade.

Hotéis de luxo da Capital, como o Sheraton e o De Ville, também estão lotados. 'As poucas vagas disponíveis estão nos estabelecimentos de Gramado e Canela", comemora Ricardo Ritter, presidente do sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Porto Alegre.

A rede hoteleira da Capital está em crise há quatro anos. A taxa de ocupação despencou de 62,28% em 1998 para 56,41% em 1999 e ficou em 54,30% em 2000. Em 2001, o susto foi maior ainda: 49,84%, com redução de 8,21% em comparação ao ano anterior.


Britto descarta governo e apóia união com PDT
Senador Pedro Simon considera candidatura do ex-governador uma questão “secundária” nas alianças

O ex-govemador Antônio Britto (PPS) disse ontem que "se a razão para não acontecer o acordo entre o PPS e o PDT é eu querer concorrer, então a coligação está feita". Reafirmou sua posição de não disputar o Executivo Estadual em 2002 e disse que "Brizola sabe disso desde setembro do ano passado", quando o deputado estadual do PPS Paulo Odone esteve com o líder nacional do PDT para comunicar essa sua decisão.

Britto enfatiza que é preciso que os partidos, ao se coligarem, evitem o mesmo erro do PT, que, segundo ele, "não tem governabilidade". Garante que "se a aliança assegurar a governabilidade e ajudar na campanha do pré-candidato do PPS à presidência da República Ciro Gomes, nada a inviabilizará".

O ex-governador apóia a aproximação com o PDT, mas ressalva que "a construção da união das siglas não pode ser feita com vetos ou com imposição de nomes, e sim com desambição e fraternidade.


Tarso: “Pesquisa é só um elemento de decisão”
Prefeito disse que sua candidatura deve “emergir de uma necessidade política e não da vontade de um grupo ou minha”

O prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, explicou ontem que a pesquisa solicitada pelo PT em torno de seu nome e o de Olívio como possíveis candidatos ao governo do Estado "é apenas um dos elementos que vão influir na minha decisão e acho que também na decisão do governador".

De acordo com Tarso, a pequisa "traz não somente informações importantes, mas indicativos e percentuais que permitem aferir o que seria melhor para o partido no momento. Não se dá a ela um valor absoluto, mas é importante. Somados todos os fatores, se ficar concluído que o meu nome é o mais forte eleitoralmente para concorrer ao governo do Estado, eu vou permitir que meu nome seja inscrito para disputar".

Caso contrário, disse o prefeito, "se ficar comprovado que as nossas possibilidades são as mesmas, não apresentarei meu nome. A minha candidatura deve emergir de unia necessidade política e não de uma determinação da vontade de um grupo, de um conjunto de grupos ou da minha necessidade pessoal’.


Ajadil será enterrado amanhã.
Um dos fundadores do PDT, Ajadil de Lemos, está sendo velado no cemitério João XXIII, em Porto Alegre. Ajadil, que completaria 83 anos no dia 7 de fevereiro, teve uma parada cardíaca na noite de terça-feira. Ele sofria de Mal de Parkinson e, havia seis meses, estava com dificuldades para se comunicar.

O enterro será amanhã, às llh, pois sua filha, que mora na França, deverá chegar hoje à noite. Ajadil foi secretário do Interior e justiça no governo de Leonel Brizola, em 1958, e vice-prefeito de Porto Alegre, em 1963. Brizola deve chegar amanhã, para o enterro.


Editorial

As lições da Argentina

Um amplo debate acadêmico tem surgido em tomo da prolongada crise argentina, suas origens e as possíveis soluções para fazer o país emergir. A desvalorização do peso e a dolarização da economia centralizam a discussão, mas surgem também alguns enfoques que vão além desta abordagem. Dani Rodrik, professor de Economia Política Internacional da Universidade de Harvard, afirma que a Argentina pecou por cumprir à risca os preceitos econômicos do chamado Consenso de Washington.

Eles são um conjunto de recomendações resultantes do trabalho conjunto de economistas do FMI (Fundo Monetário Internacional), Bird (Banco Mundial) e do Tesouro dos Estados Unidos, elaboradas em encontros realizados na capital americana, no início dos anos go, e, desde então, usadas como remédio tradicional no tratamento de dificuldades da economia de países em desenvolvimento.

A Argentina abriu rapidamente seu mercado, privatizou e, por isso, foi apontada pelo FMI como exemplo a ser seguido. Seguir a cartilha à risca não foi suficiente para impedir que o país chegasse à beira do precipício.

Para Rodrik, não resta ao país outra alternativa senão reafirmar sua própria soberania, resgatar a credibilidade de seu sistema político e sua própria visão de desenvolvimento. Ele esclarece que nada disso invalida os princípios do Consenso de Washington.

A Argentina terá de superar o desequilibrio fiscal e os desafios daí decorrentes, como a ameaça de uma exp losão inflacionária, além de retomar o crescimento. Mas a crise argentina deve também servir para que seja iniciada uma ampla discussão sobre o sistema financeiro mundial e o seu "receituário".


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01/17/2002


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