Sabesp é a primeira empresa de serviços públicos a adotar o GVA



O processo de Gestão por Valor Agregado passa a ser implantado a partir desta quarta-feira, 16

Combater desperdícios, otimizar os recursos disponíveis, agregar valor a todas as ações da empresa. Este o espírito que norteia o GVA (Gestão por Valor Agregado),  processo que passa a ser implantado na Sabesp a partir desta quarta-feira, 16, pela Fundação Getúlio Vargas. Na presença de toda a diretoria da Sabesp e dos superintendentes do Jurídico, do Planejamento Estratégico e da Auditoria, foi assinado na manhã desta quarta-feira na sala Theodoro Sampaio contrato com a FGV Projetos contrato para introduzir na Sabesp o GVA - processo já adotado em empresas de grande porte e de capital aberto como a Votorantim Papel e Celulose, Vale do Rio Doce, Usiminas, Marco Pólo, Saraiva Livreiros, CPFL, CSN, etc. Pela Getúlio Vargas, assinaram os professores José Carlos Guimarães Alcântara e Antônio Carlos Manfredini, na presença também do secretário adjunto da Secretaria de Saneamento e Energia, Ricardo Toledo, representando a secretária Dilma Pena.

O presidente Gesner lembrou que a Sabesp é a primeira empresa de economia mista a aderir ao GVA e isso não é pouco. A nova gestão desce aos menores detalhes das atividades empresariais de forma a garantir que todos estejam envolvidos em agregar valor ao negócio. O professor Manfredini é muito claro ao explicar o GVA: “Cada empregado da empresa deve ser contaminado pelo espírito de que todo ativo pode ser encarado como algo passível de dar retorno para a empresa. Como se cada ativo fosse alugado, estaria gerando uma receita. Este é o chamado custo de oportunidade”. Ao que o professor Alcântara completa: “numa empresa de economia mista, essa questão é ainda mais crucial, uma vez que estamos lidando com dinheiro público e temos uma imensa responsabilidade em dar o melhor destino para os recursos da sociedade”. Alcântara, em suas rápidas palavras antes da assinatura, ainda completou: “este é um enorme desafio para a Fundação Getúlio Vargas, implantar o GVA numa empresa de economia mista com inúmeros compromissos com a comunidade, com o poder público e com seus acionistas”.

A confiança dos diretores

O diretor Econômico Financeiro e de Relações com Investidores, Rui Affonso, destacou que sua diretoria já vem debatendo e estudando o GVA  há algum tempo e que agora só falta iniciar sua aplicação. “Confiamos na metodologia e acreditamos que sua implantação vai ampliar a qualidade do desempenho empresarial da Sabesp”. Já o diretor da Metropolitana, Paulo Massato lembrou que já tem um projeto piloto da GVA na unidade Centro com bons resultados e agora, com a assinatura do contrato, os processos serão estendidos a todas as unidades de sua diretoria. Umberto Semeghini, diretor de Sistemas Regionais, destacou que o GVA é muito oportuno, na medida em que traz um avanço na avaliação do quanto uma empresa está efetivamente sendo eficaz. “É uma ferramenta inovadora, com inúmeros recursos capazes de nos dizer onde estamos sendo mais eficientes e onde podemos avançar”.

A questão da sustentabilidade voltou a ser lembrada pelo presidente Gesner. “A introdução do GVA não implica em reduzir nossos cuidados com a sustentabilidade da empresa, ao contrário, todas as ações, além de agregar valor, deverão manter o compromisso da qualidade dos serviços e do respeito ao meio ambiente. Somente dentro desse cenário teremos condições de implantar uma metodologia capaz de quantificar nosso desempenho e dizer se estamos gerando valor ou não”.

Uma equipe de consultores fará uma verdadeira imersão nos processos internos da Sabesp – um “in home consulting” -  de forma a tecer  uma rede pormenorizada de todas as oportunidades para aumentar a geração de valor da empresa. Como um dos pais do projeto, o professor Alcântara lembra que o GVA precisa “entrar na veia” dos empregados da Sabesp de forma a que todos estejam comprometidos com melhores resultados. Nós costumamos dizer que vamos “geveizar” uma organização, quando introduzimos essa metodologia em todas as suas etapas tanto produtivas quanto administrativas. A Companhia Vale do Rio Doce é um dos melhores exemplos do sucesso dessa implantação “, conclui.

Da Sabesp

(I.P.)



07/16/2008


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