Salário mínimo: Sarney diz que decisão da Câmara não diminui prestígio do Senado
A decisão da Câmara dos Deputados de rejeitar o projeto aprovado no Senado que fixou o salário mínimo em R$ 275 e manter o valor de R$ 260 proposto pelo governo foi encarada com naturalidade pelo senador José Sarney. O presidente do Senado disse que a decisão não diminui o prestígio nem a força da Casa.
- Não é a primeira nem a última vez que uma matéria votada no Senado será revista pela Câmara, ou votada na Câmara será revista pelo Senado - afirmou.
A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), disse que a decisão da Câmara já era esperada. A senadora afirmou que os deputados entenderam que qualquer aumento maior forçaria o governo a alterar outros programas sociais, como o da reforma agrária.
Ideli disse também que a grande maioria dos senadores que aprovou o reajuste do salário mínimo para R$ 275 tinha a devida convicção de que o valor de R$ 260 não podia ser alterado. O motivo é que o Senado, observou, ao aprovar por unanimidade o orçamento para o ano de 2004, alocou recursos para que o reajuste do mínimo fosse de R$ 256.
Um dos principais defensores dos R$ 275, o vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), lamentou a decisão tomada pela Câmara. Ele disse ter ficado comprovado nesta quarta-feira (23) -que o Senado é cada vez mais a casa do povo-. Paim também expressou sua decepção com as políticas adotadas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva.
23/06/2004
Agência Senado
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