São Paulo adere a programa de defesa à mulher vítima de violência



A partir desta segunda-feira (26), o estado de São Paulo passa a fazer a parte do programa ‘Mulher, Viver sem Violência’, que visa integrar os serviços públicos de atenção às mulheres em situação de violência a partir do atendimento humanizado e completo no acesso à Lei Maria da Penha. 

Será construída, no centro da capital paulista, a Casa da Mulher Brasileira, com previsão para ser inaugurada em 2014. O equipamento concentrará os seguintes serviços: delegacia, juizado/vara especializada, ministério público, defensoria pública, abrigamento temporário, atendimento psicossocial, espaço de convivência para a mulher, sala de capacitação e orientação para trabalho, emprego e renda, além de brinquedoteca.

Atualmente, a cidade de São Paulo conta com serviços municipais especializados no atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e outras formas de violência. São dois Centros de Referência da Mulher, cinco CCMs – Centros de Cidadania da Mulher e uma Casa Abrigo, com capacidade para receber 5 mulheres e seus filhos e filhas. Esses equipamentos vêm sendo reestruturados e, até 2016, a previsão é construir, além da Casa da Mulher Brasileira, uma Casa de Passagem e uma Casa-Abrigo. 

O programa

O ‘Mulher, Viver sem Violência’ conta com investimento de R$ 265 milhões e estabelece ações para a melhoria da coleta de vestígios de crimes sexuais; a transformação da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da SPM em disque-denúncia para acionamento imediato da Polícia Militar e a Samu; a criação de seis centros de referência nas fronteiras secas do Brasil com a Bolívia, a Guiana Inglesa, o Paraguai e o Uruguai; e a construção da Casa da Mulher Brasileira - uma unidade em cada capital do país.  Com obra, equipamentos e mobiliário financiados pelo governo federal, cujo orçamento é de R$ 4,3 milhões, o espaço terá a capacidade média de atender até 200 pessoas por dia. 

Números

Os dados atualizados do “Mapa da Violência 2012: Homicídio de Mulheres no Brasil” apontam que é principalmente no ambiente doméstico onde ocorrem as situações de violência contra a mulher. A taxa de ocorrência no ambiente doméstico é 71,8%, enquanto em vias públicas é 15,6%.

A violência física contra a mulher é predominante (44,2%), seguida da psicológica (20,8%) e da sexual (12,2%). No caso das vítimas que têm entre 20 e 50 anos de idade, o parceiro é o principal agente da violência física. Já nos casos em que as vítimas têm até nove anos de idade e a partir dos 60 anos, os pais e filhos são, respectivamente, os principais agressores.



30/08/2013 15:51


Artigos Relacionados


São Paulo adere ao programa 'Mulher, Viver sem Violência'

Roraima adere ao programa Mulher, Viver sem Violência

Maranhão adere ao programa Mulher, Viver sem Violência

Rio de Janeiro adere ao ‘Mulher, Viver sem Violência’

Santa Catarina adere ao ‘Mulher, Viver sem Violência’

Ceará adere ao projeto ‘Mulher, Viver sem Violência’