São Paulo atinge recorde de vacinação contra febre aftosa
Índice alcança 97,80% na segunda de três etapas anuais
Índice alcança 97,80% na segunda de três etapas anuais O rebanho de bovinos e de bubalinos (búfalos) de São Paulo atingiu um nível recorde de vacinação logo na segunda de três etapas de cobertura que são feitas todos os anos pelo Governo do Estado. A informação foi dada pelo secretário da Agricultura e Abastecimento, João Carlos de Souza Meirelles, ao governador do Estado, Geraldo Alckmin. “Este índice é inédito e representa um avanço para São Paulo”, diz o diretor da Coordenadoria de Defesa Agropecuária da Secretaria, Júlio Pompei. “Para os especialistas da área, este é um índice muito elevado, pois quanto mais perto de 100%, maior é o grau de dificuldade. Ampliar a vacinação de 90% para 95% já foi um grande avanço. Mas, de 95% para 98%, é uma grande revolução”, explica Pompei. São mais 4.500 propriedades com rebanho controlado em um universo total de 149 mil propriedades. A primeira etapa de vacinação é realizada em fevereiro com os animais de até 12 meses de idade. A segunda, em maio, com os animais de 24 meses. A terceira e última é feita em novembro com todo o rebanho de todas as faixas etárias. São Paulo está há cinco anos livre da aftosa e a campanha estadual de novembro, tradicionalmente a mais abrangente, alcançou índices acima de 98% nos últimos três anos. “O desafio permanente é manter o Estado como área livre de febre aftosa”, aponta Pompei. Para São Paulo é indispensável manter sua condição de área livre, pois o Estado responde por 65% do total de 800 mil toneladas, no valor de US$ 1,2 bilhão, das exportações brasileiras do setor. O Estado de São Paulo foi reconhecido como área livre da aftosa em maio de 2000, apenas com restrição de sete municípios tampões na divisa com o Estado do Rio de janeiro, e, sem restrições, em maio de 2001, pela OIE - Organização Internacional de Epizootias (ver o documento), órgão de referência mundial em sanidade animal, sediado em Paris. Este reconhecimento passa por diversas etapas e procedimentos meticulosos. A própria Organização Mundial de Comércio (OMC) consulta a OIE nas pendências entre países quanto à qualidade de produtos de origem animal exportados. Para Pompei, o recorde alcançado é fruto também de um melhor aparelhamento da Secretaria da Agricultura, do seu cadastro atualizado e da vigilância mais constante. “Os criadores também estão mais receptivos à fiscalização em razão da maior exigência do consumidor final e dos grandes compradores”. Situação atual da Febre Aftosa O último foco de febre aftosa no Estado de São Paulo aconteceu em março de 1996. O avanço do programa, com o objetivo de erradicação da doença, se deu a partir da concordância, por parte do Escritório Internacional de Epizootias – OIE, de que o Brasil fosse dividido e tratado em circuitos pecuários nos assuntos referentes ao combate à febre aftosa. Atualmente desenvolve-se um programa conjunto pelo Circuito Pecuário Centro-Oeste, composto pelos Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, parte de Minas Gerais, Goiás, parte do Tocantins e pelo Distrito Federal, sob a coordenação do Departamento de Defesa Animal do Ministério da Agricultura e do Abastecimento. O rebanho bovino brasileiro é de 156.992.558 cabeças e o do Circuito Pecuário Centro-Oeste, de 83.206.056 e seu reconhecimento como zona livre de febre aftosa, com vacinação, é importante porque favorece as exportações das carnes brasileiras in natura a mercados mais exigentes. No Brasil, está livre da aftosa o chamado Circuito Centro-Oeste. Desde o dia 1º de junho, o Circuito Leste (Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Tocantins e a parte leste de Minas Gerais) também foi declarado como não infectado. O Circuito Sul (Rio Grande do Sul e Santa Catarina) é atualmente área infectada, assim como os circuitos Norte e Nordeste. A meta para o Brasil é erradicar a febre aftosa até o ano de 2005. Informações estaduais sobre a doença, seu controle e as áreas de cobertura de vacinação no Estado de São Paulo estão disponíveis no site da Coorden07/02/2001
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