São Paulo ganha sexto Centro de Detenção Provisória



Com a nova unidade, sobe para 4.608 o número de vagas para detentos que ficariam em distritos policiais

Com a nova unidade, sobe para 4.608 o número de vagas para detentos que ficariam em distritos policiais Ao inaugurar o sexto Centro de Detenção Provisória do Estado nesta quinta-feira, dia 9, na Capital, o governador Mário Covas afirmou que com a nova unidade, sobe para 4.608 total de vagas para abrigar presos que aguardam julgamento e lotam as carceragens dos distritos policiais. “A isso se somam mais 24.300 novas vagas em 22 penitenciárias construídas durante esta gestão, representando um pouco mais do que se construiu em 100 anos da história de Sâo Paulo”, destacou o governador. Covas disse que quando assumiu o primeiro mandato, o número de presos era de 55 mil. “Hoje atinge a 92 mil, uma média de 10 mil presos a mais por ano, o que mostra o trabalho da Polícia, mas que preocupa pelo fato da violência continuar aumentando”. O secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, disse que já foram desativadas as carceragens de 18 distritos da Capital, duas de Campinas, uma de Osasco e uma de Cotia. Com a nova unidade (Chácara do Belém II) serão desativadas, a partir desta segunda-feira, as celas de mais seis distritos da Capital: Vila Santa Maria, Parque Novo Mundo, Jd. Ângela, Cidade Tiradentes, Sapopemba e Jardins. “Há ainda 34 mil presos provisórios nos distritos policiais do Estado, por isso há muito ainda o que fazer”, observou o Governador, ao falar de sua ida a Brasilía nesta quarta-feira, quando se empenhou na inclusão de emenda no Orçamento da União demais R$ 72 milhões para a construção de novas unidade. Dessa forma, os recursos poderão chegar a R$ 100 milhões, que somados aos R$ 8 milhões já previstos e mais 20% de contrapartida do Estado, permitirão a construção de 14 novas unidades. A obra, localizada no bairro do Belém, tem 6 mil metros quadrados de área construída e custou R$ 5,5 milhões ao Estado. O Centro de Detenção possui setor médico e odontológico, ambulatório, parlatório e farmácia. Serão 254 empregos diretos gerados por concurso público, sendo 218 agentes de segurança penitenciária e o restante trabalhando nas áreas de administração e de saúde. Furukawa afirmou que o governador autorizou a construção de mais cinco unidades, sendo duas em Guarulhos, uma em Taubaté, uma em São Vicente e uma em Campinas. Essas dependências devem ser concluídas ainda este ano. “Além disso, serão construídos dez centros de ressocialização”, informou o secretário. Cada centro custará R$ 2,5 milhões, com capacidade para 210 presos. Todos serão implantados em cidades médias, como Marilia, Lins, Araçatuba, Araraquara, entre outras. Em seu discurso, o secretário fez um balanço das atividades de sua pasta e afirmou que pela primeira vez na história do Estado está havendo uma classificação dos presos pela natureza do crime que cometeram, ao mesmo tempo em que se faz uma tentativa de aproximação aos seus familiares. “Na Penitenciária de Ribeirão Preto, por exemplo onde estão hoje 716 presos, todos são residentes na própria cidade.” A de Iaras foi definida como penitenciária de segurança máxima, para onde estão sendo direcionados os criminosos mais perigosos. Em Itai, estão sendo encaminhados especialmente os que praticaram crimes sexuais, com a intenção de se preservar a vida e integridade física de desses presos, excluidos pelos demais. Após descerrar a placa de inauguração, Covas visitou uma pequena mostra de trabalhos produzidos por presos das penitenciárias paulistas, acompanhado dos secretários da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrel

11/09/2000


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