Sarney abre a mostra "O Tesouro dos Mapas"



Na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, José Sarney, abriu nesta quarta-feira (14), no Salão Negro do Congresso, a mostra O Tesouro dos Mapas, exposição de 150 mapas e objetos náuticos dos séculos 15 a 21, integrantes da coleção do Instituto Cultural Banco Santos de São Paulo. A coleção poderá ser vista de 14 de abril a 1º de agosto deste ano.

As peças integram uma coleção de mais de 8 mil itens, organizada há mais de 15 anos com obras adquiridas em todo o mundo por Edemar Cid Ferreira, presidente do Banco Santos e admirador de documentos raros, peças antigas e mapas de valor histórico.

Ao abrir a cerimônia, Sarney definiu o colecionador como "a maior expressão do mecenato privado brasileiro, que Brasil adentro e mundo afora tem sido extraordinário divulgador da cultura brasileira". Ele o agradeceu por ter trazido essa coleção a Brasília, observando tratar-se de conjunto reunido com dedicação, senso de oportunidade e talento.

- O Congresso Nacional apresenta, com grande prazer, ao público de Brasília, O Tesouro dos Mapas, certo de que ele encontrará aqui a visão do que foi a aventura de construir o Brasil e a aventura das cartas que guiavam os descobridores e faziam a memória do homem na face da terra - disse Sarney.

Em seu discurso, Sarney afirmou que a exposição ali inaugurada mostra cinco séculos de cartografia e de instrumentos usados para os descobrimentos americanos e a conquista ibérica.

- Deste conhecimento que aqui é mostrado surgiu a divisão do Novo Mundo entre Espanha e Portugal pela linha imaginária de Tordesilhas, que nossos avós souberam empurrar léguas de terra adentro e rio acima até o pé dos Andes. Deste conhecimento, mais tarde, se valeria novamente o barão do Rio Branco, ao traçar nossas fronteiras em disputas que se apoiavam longamente na cartografia histórica para estabelecer linhas claras, que puderam ser implementadas num país real - ressaltou.

Em seu discurso, Edemar Cid Ferreira disse que sua coleção contém raridades que explicam como a Europa ultra-marina se posicionava geopoliticamente na época dos grandes descobrimentos. Observando que o acervo mostra, passo a passo, a formação do território que hoje chamamos de Brasil, ele disse que estudar mapas não é só uma lição de história e geografia.

- É uma maneira de entender por que é que a gente se emociona quando ouve o Hino Nacional, ou vê uma bandeira brasileira nas mãos de algum brasileiro vitorioso. Finalmente, descobrir o grande privilégio que é simplesmente dizer "eu sou brasileiro".

Edemar Cid Ferreira agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e aos presidentes do Senado e da Câmara, João Paulo Cunha, a oportunidade de trazer esse conjunto a Brasília.

- Não há lugar mais simbólico que a capital do nosso país para apresentar um pouco da nossa história, a história do nosso povo, a história de cada um de nós aqui presente - disse ele.

Primeiro orador a falar, o presidente da Câmara, João Paulo Cunha, disse que a mostra é de valor inestimável e prova de que, para empreendedores como Edmar Cid Ferreira, a cultura não tem preço.

Primeiro orador a falar, o presidente da Câmara, João Paulo Cunha, disse que a mostra é de valor inestimável e prova de que, para empreendedores como Edmar Cid Ferreira, a cultura não tem preço.



14/04/2004

Agência Senado


Artigos Relacionados


Exposição "Tesouro dos Mapas" traz preciosidades cartográficas ao Congresso até 1º de agosto

Exposição "O Tesouro dos Mapas" traz preciosidades históricas ao Salão Negro do Congresso Nacional

Campanha mostra como investir no programa Tesouro Direto

ACM ABRE MOSTRA DO REDESCOBRIMENTO

São Paulo abre Mostra do Redescobrimento

Mostra de Cinema do Desenvolvimento abre inscrições