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“Quero homenagear a presidente Dilma Rousseff, que rompe um paradigma ao ser a primeira mulher a ocupar a Presidência da República e é orgulho para todas as brasileiras e os brasileiros que reconhecem o seu grande governo e sua liderança política”. Assim o presidente do Senado, José Sarney, saudou Dilma Rousseff, nesta terça-feira (8), em sessão solene pelo Dia Internacional da Mulher. A presidente foi uma das agraciadas na cerimônia de entrega do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz.

Para o presidente do Senado, a eleição de Dilma sinaliza “que é chegada a hora de as mulheres participarem de todas as atividades da vida do país em pé de igualdade”. Conforme ressaltou, a ampliação da presença da mulher na política deixa o Brasil mais perto de seus ideais de justiça social.

– Acompanhei de perto o que significou, para o Maranhão, a eleição da primeira governadora de um estado brasileiro, Roseana Sarney – observou.

Sarney lembrou obstáculos pessoais e políticos vencidos por Dilma Rousseff, quando ainda jovem, e a forma firme e competente com que tem enfrentado desafios no país e no contexto mundial, desde que assumiu a Presidência da República.

– O país goza de estabilidade monetária, crescimento econômico e social, e a visão política e administrativa da presidente Dilma a faz credora do respeito do povo – disse, destacando ainda que Dilma conta com respeito e admiração internacional.

Sarney também saudou cada uma das homenageadas: Eunice Michiles, primeira senadora da República; Ana Alice Alcantara Costa, referência na liderança do movimento feminista; Maria Prestes, “companheira e esposa do líder comunista Luiz Carlos Prestes, com quem partilhou muitos anos de clandestinidade e exílio”; e Rosali Scalabrin, fundadora da Rede Acreana de Mulheres e Homens e integrante do Comitê de Movimento do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres.

Luta histórica

No início do seu pronunciamento, o presidente Sarney recordou a luta das mulheres pela igualdade de gênero, ao longo da história do país, e fez referências àquelas que se destacaram nessa trajetória, até os dias atuais.

– Como símbolo de todas elas, a deputada Bertha Maria Júlia Lutz, que criou a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, embrião da Federação Brasileira pelo Progresso – observou Sarney.

Em homenagem ao trabalho da deputada, a premiação entregue anualmente pelo Senado a personalidades femininas que contribuíram para ampliar os direitos da mulher recebeu a denominação de Diploma Bertha Lutz.

Ao final, Sarney lembrou que “a causa das mulheres não está inteiramente ganha” e se colocou ao lado dos que buscam o “ideal da paridade entre mulheres e homens, no corpo social, no trabalho”.

Iara Altafin

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