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A comitiva dos reis chegou à rampa do Congresso Nacional às 10h10, onde os presidentes Sarney e Temer os esperavam, em companhia do presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

A rainha Silvia Renate, filha de mãe brasileira, disse que estava muito feliz em voltar ao Brasil - onde morou por dez anos (dos quatro aos catorze anos de idade) - e em poder falar novamente em português com brasileiros, por quem tem grande carinho. Falou de suas raízes e garantiu que o fato de ter mãe brasileira e uma forte identificação com o país é, em sua família, um elemento de união entre Brasil e Suécia. "Isso sempre nos uniu em casa, em família", disse, em um português claro e sem qualquer sotaque estrangeiro.

O rei Carlos Gustavo, por sua vez, disse estar feliz e muito grato pela recepção calorosa que vem recebendo. Ele lembrou que é a segunda visita que faz com sua mulher ao Brasil e disse estar ansioso por um novo retorno. Acrescentou que espera que sua visita intensifique as relações com o Brasil em todas as áreas, "relações que já duram cem anos". Os reis estão acompanhados dos ministros da Defesa e de Saúde e Assuntos Sociais.

O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, disse que as relações entre Brasil e Suécia são proveitosas e amistosas, e que a visita é ainda um fator de maior aproximação. Temer pediu desculpas pelo barulho de uma manifestação de estudantes que ocorria em frente ao Congresso, cujo som invadia o Salão Nobre. Os estudantes pediam 50% das verbas do pré-sal para educação e Temer e Sarney classificarm a manifestação como "uma expressão da democracia brasileira".

Enquanto o casal real visitava o plenário do Senado, dois assessores da família real aproximaram-se, preocupados, de jornalistas e indagaram se a manifestação dos estudantes "era contra a visita da família real", sorrindo então aliviados com a explicação de que a razão era o pré-sal. Os reis visitaram ainda o plenário da Câmara dos Deputados e seguiram para o Supremo Tribunal Federal.

Cezar Motta / Agência Senado

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