Sarney diz que ainda é cedo para discutir sucessão presidencial



"Olha, 2010 ainda está muito longe". A afirmação é do presidente do Senado, José Sarney, ao ser indagado, na manhã desta terça-feira (3), sobre o poder que ganha o PMDB ao ter agora as duas Casas do Legislativo sob seu comando. Sarney saía da cerimônia de posse do ministro José Jorge no Tribunal de Contas da União (TCU) e enfatizou, em uma rápida entrevista, que não está preocupado com a sucessão presidencial.

- A Constituição Federal prevê, definitivamente, como devem ser as relações entre os Poderes. Devem ser com harmonia. E nós vamos exercer esse comportamento, sem prejuízo da independência e da autonomia do Senado Federal - respondeu Sarney.

O presidente do Senado também foi indagado sobre as coligações que os partidos devem conduzir com vistas à sucessão do presidente da República, em 2010. Sarney disse que só concebe esse tipo de tratativa no âmbito partidário.

- Sempre foi o meu estilo e é do meu estilo [acreditar] que essa é uma tarefa das lideranças, porque são elas que coordenam as respectivas bancadas.

- Mas, com a Presidência das duas Casas do Congresso nas mãos do PMDB, como deve caminhar o partido para 2010? - indagaram-lhe ainda à saída do TCU.

- Olha, 2010 ainda está muito longe. Nós apenas estamos tratando da administração das duas Casas do Congresso.

A cerimônia de posse de José Jorge foi marcada pela presença de parlamentares. Ele ocupou a vaga deixada pelo ministro Guilherme Palmeira, aposentado em dezembro de 2008. Pernambucano de Recife, o ex-ministro de Minas e Energia José Jorge, do governo Fernando Henrique Cardoso, foi deputado federal por quatro mandatos e senador no período de 1999 a 2007.



03/02/2009

Agência Senado


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