Sarney diz que João Paulo II é uma bênção de Deus para todos os homens



Ao encerrar a sessão em que o Congresso celebrou os 25 anos do pontificado do papa João Paulo II, o presidente do Senado, José Sarney, disse que essa foi uma reunião para testemunhar que a vida de Karol Wojtyla é uma bênção de Deus para todos os homens, para a humanidade e para a história da Igreja.

- Uma bênção de Deus que nos escolheu para vivermos esses tempos, em que podemos tê-lo como pastor e dizer: João de Deus - disse o senador.

Remontando a 1978, quando, em dois meses, a Igreja perdeu dois papas - Paulo VI e João Paulo I - Sarney disse que, exatamente naquele momento de tristeza, o mundo descobriu a extraordinária figura desse polonês.

- Ninguém estava preparado para que de Cracóvia surgisse um teólogo, um poeta, um intelectual, um homem de ação, um líder carismático extraordinário para a humanidade do século 20 - disse.

De acordo com Sarney, o que Karol Wojtyla trouxe para o mundo foi, -entusiasno, fôlego de Deus, carisma-. O presidente do Senado lembrou que João Paulo II chegou num momento em que a guerra fria parecia levar ao confronto inevitável do comunismo com o capitalismo, com desfecho nas armas nucleares. Ele louvou a movimentação política do Papa, que exerceu um papel decisivo nos fatos que levaram à liberdade da Polônia e à queda do muro de Berlim.

- João Paulo II é, desde o primeiro instante, o mensageiro da fé. Seu papel de missionário começou pela própria Igreja, no fazê-la voltar-se totalmente para Deus, para uma fé verdadeira - frisou.

Recordando que o Papa teve quase mil encontros com chefes de estado e de governo, Sarney lembrou sua visita ao chefe da Igreja Católica quando presidente da República.

- Foi um momento inesquecível de minha vida, da vida de minha família. Guardo as palavras e os gestos generosos que teve conosco, inclusive com minha mãe que, se é possível, o segue com uma devoção maior - lembrou.

Na análise de Sarney, a generosidade é e permanecerá sendo uma marca da vida de João Paulo II. Ele disse que a convivência entre as religiões, promulgada pelo Concílio Vaticano II, foi colocada em prática por Wojtyla, com suas ações de generosidade e humildade. E acrescentou que, -da ONU às mais distantes sociedades e povos, o Papa apresentou o ocidente sob o manto de Jesus-.

Referindo-se aos deputados e senadores presentes no Plenário, Sarney disse que todos ali estavam unidos pela fé.

- O que nos justifica neste instante é louvar a Deus, que nos fez testemunhas e nos deu a graça da vida, no momento em que entregou a sua Igreja a um homem tão rico de virtudes, expressão daquilo que São João disse: Cristo amou os homens até o fim - disse.

Para Sarney, um dos momentos do amor de Deus pela humanidade foi entregar-nos os 25 anos do pontificado de João Paulo II.



30/10/2003

Agência Senado


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