Sarney faz balanço do semestre
Sarney citou, entre outros, a reforma do Judiciário, a redistribuição da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), a lei de falências, o Código Tributário, a Bolsa-Atleta, programas para deficientes físicos e a data do plebiscito sobre o desarmamento.
Na coletiva, o presidente Sarney disse equivocadamente que era o ano, e não o semestre, que se encerrava. Advertido por uma jornalista, disse que tinha cometido um ato falho, já que as eleições municipais deverão parar um pouco o Congresso no segundo semestre. Mas garantiu que o Senado continuará suas atividades, “tentando ajudar o Brasil”.
– Você não vai querer que uma pessoa de 74 anos não tenha um ato falho, não é mesmo? – brincou.
Aproximadamente três dezenas de jornalistas prestigiaram a entrevista do presidente do Senado. Sarney respondeu com bom humor às perguntas formuladas, entre elas a proposta de se extinguir o Congresso. O presidente disse que não era a primeira vez que se propunha a extinção da Câmara Alta, mas que “a instituição é tão necessária e tão boa que tem atravessado todos esses tempos”. Ele relatou a origem moderna do Senado, quando os líderes da independência americana, após uma noite de oração, resolveram que o Senado seria a transposição, na América, da Câmara dos Lordes britânica.
– Por isso Affonso Arinos dizia que o Senado era uma invenção de Deus – brincou novamente.
O presidente Sarney mostrou-se contrário à utilização desmedida de Medidas Provisórias (MPs). Para ele, elas deveriam ser usadas apenas em situação de calamidades, de segurança nacional ou em questões econômico-financeiras. Ele defendeu que o salário mínimo seja fixado por medida administrativa do Poder Executivo, seguindo regras previamente definidas. Sarney opinou que o atual governo vem diminuindo o ritmo de edição de MPs.
Sobre a lei de biossegurança, o presidente do Senado lembrou que o tema suscita não apenas questões partidárias, mas também ideológicas e religiosas, o que torna sua discussão mais difícil. Sarney disse que a reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado é um assunto ultrapassado e afirmou que as propostas de criação da inspeção veicular obrigatória, da redução do recesso parlamentar e da criação das parcerias público-privadas ainda precisam ser mais debatidas.
Para Alvaro, imagem do Congresso se desgastou este ano
08/07/2004
Agência Senado
Artigos Relacionados
Sarney: balanço do semestre é positivo
Presidente da CAS faz balanço do semestre
CDH faz balanço das atividades do semestre
CAS apresenta balanço do primeiro semestre
Rollemberg faz balanço da CMA no primeiro semestre
Ideli faz balanço positivo do primeiro semestre