Sarney faz balanço do semestre



O presidente do Senado, José Sarney, convocou nesta quinta-feira (8) entrevista coletiva em seu gabinete e fez um balanço das atividades do Senado no primeiro semestre de 2004. Ele enumerou vários projetos aprovados, dizendo que eram eles muito aguardados pela sociedade e que ajudam a governabilidade e o progresso do país.

Sarney citou, entre outros, a reforma do Judiciário, a redistribuição da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), a lei de falências, o Código Tributário, a Bolsa-Atleta, programas para deficientes físicos e a data do plebiscito sobre o desarmamento.

Na coletiva, o presidente Sarney disse equivocadamente que era o ano, e não o semestre, que se encerrava. Advertido por uma jornalista, disse que tinha cometido um ato falho, já que as eleições municipais deverão parar um pouco o Congresso no segundo semestre. Mas garantiu que o Senado continuará suas atividades, “tentando ajudar o Brasil”.

– Você não vai querer que uma pessoa de 74 anos não tenha um ato falho, não é mesmo? – brincou.

Aproximadamente três dezenas de jornalistas prestigiaram a entrevista do presidente do Senado. Sarney respondeu com bom humor às perguntas formuladas, entre elas a proposta de se extinguir o Congresso. O presidente disse que não era a primeira vez que se propunha a extinção da Câmara Alta, mas que “a instituição é tão necessária e tão boa que tem atravessado todos esses tempos”. Ele relatou a origem moderna do Senado, quando os líderes da independência americana, após uma noite de oração, resolveram que o Senado seria a transposição, na América, da Câmara dos Lordes britânica.

– Por isso Affonso Arinos dizia que o Senado era uma invenção de Deus – brincou novamente.

O presidente Sarney mostrou-se contrário à utilização desmedida de Medidas Provisórias (MPs). Para ele, elas deveriam ser usadas apenas em situação de calamidades, de segurança nacional ou em questões econômico-financeiras. Ele defendeu que o salário mínimo seja fixado por medida administrativa do Poder Executivo, seguindo regras previamente definidas. Sarney opinou que o atual governo vem diminuindo o ritmo de edição de MPs.

Sobre a lei de biossegurança, o presidente do Senado lembrou que o tema suscita não apenas questões partidárias, mas também ideológicas e religiosas, o que torna sua discussão mais difícil. Sarney disse que a reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado é um assunto ultrapassado e afirmou que as propostas de criação da inspeção veicular obrigatória, da redução do recesso parlamentar e da criação das parcerias público-privadas ainda precisam ser mais debatidas.

Para Alvaro, imagem do Congresso se desgastou este ano



08/07/2004

Agência Senado


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