Sarney lembra a vida e a obra de Ronaldo Cunha Lima
O presidente do Senado, José Sarney, homenageou na tarde desta segunda-feira (9), no Plenário, o ex-senador Ronaldo Cunha Lima, que morreu no último sábado. De acordo com ele, além de político, Cunha Lima era “um homem intelectual, de inteligência extraordinária e vasta cultura”.
- Cordial, amigo gentil, solidário, leal. Alguém que defendia seu estado com paixão – resumiu.
Sarney lembrou episódios relativos ao mandato de Ronaldo Cunha Lima – pai do atual senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) – na Casa, onde foi parlamentar de 1995 a 2003. Sarney citou especificamente sua atuação contrária à privatização da Petrobrás quando, no governo Fernando Henrique Cardoso, isso foi cogitado.
– Foi uma voz firme em favor da empresa. A ideia [da venda] não prosperou, em grande parte, pela posição tomada por ele. Ele se revelou um grande político para os grandes temas nacionais.
Sarney mencionou o gosto do amigo pela obra do escritor Augusto dos Anjos, de quem, revelou Sarney, Cunha Lima “sabia tudo”, a começar pelo nome do padre que o batizou.
- Poeta popular e grande improvisador, ele conhecia todas as regras de cantorias do Nordeste e dominava todas as formas da poesia popular – lembrou Sarney.
Alvaro Dias
Mais cedo, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) apresentou ao Senado um requerimento de voto de pesar pela morte de Ronaldo Cunha Lima. Ele citou frases célebres do poeta paraibano, como “A fé é uma fonte que se alimenta do eterno. Nela, os homens se dessedentam e se revigoram, para as travessias das solidões e dos desertos da vida”.
Também mencionou um habeas corpus no qual escreveu: “mande soltá-lo pelo amor da noite, que se sente vazia em suas horas, para que volte a sentir o terno açoite de suas cordas leves e sonoras”.
Agripino
Da mesma maneira, o senador José Agripino (DEM-RN) elogiou a atuação do amigo como prefeito de Campina Grande (PB) e disse que a Festa de São João da cidade, que virou um grande evento da Paraíba e do país, foi obra das suas mãos.
- Homem honesto, probo, sério e decente. Homem de poucas posses – sintetizou.
Agripino contou que Ronaldo Cunha Lima e ele foram governadores de estados vizinhos na mesma época.
09/07/2012
Agência Senado
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