Sarney: quem não se recadastrar corre risco de demissão
O funcionário que estiver enfrentando problemas com o computador para se recadastrar e provar que não está agindo de má-fé vai ter a oportunidade de se justificar perante a administração do Senado para não ficar sem receber salário. Do contrário, ficará sem remuneração e responderá pela ausência ao trabalho de acordo com as regras da administração pública, podendo ser demitido.
A informação é do presidente do Senado, José Sarney, que, ao chegar nesta quarta-feira (28), ao Congresso foi questionado pelos jornalistas sobre funcionários que estão tentando se recadastrar, mas enfrentam problemas com o programa de computador disponível para o censo.
- Eles vão poder provar que houve problema na informática e que não se trata de irregularidade nem de ausência deles. Vão ter oportunidade de se justificar. Evidentemente que quando se corta o vencimento, os que têm direito, que estão legalmente na Casa e que provam que houve problema no computador, terão oportunidade de demonstrar isso. Agora, quem não se cadastrar, quem não comparecer, será sumariamente demitido e vamos apurar responsabilidades - afirmou Sarney.
O senador explicou que sua orientação aos órgãos administrativos do Senado foi que mandassem suspender o pagamento de qualquer funcionário que não atender à exigência do recadastramento. Ele observou que exatamente quando forem suspensos esses pagamentos, quem está trabalhando e não se recadastrou vai ter a oportunidade de explicar-se.
- Cancelar o pagamento é uma maneira de a gente provocar imediatamente a regularização de todos os funcionários da Casa - disse ele.
Zoghbi
Questionado sobre a situação de José Carlos Zoghbi, ex-diretor de recursos humanos que teve sua demissão recomendada por comissão de sindicância do Senado, Sarney afirmou que vai examinar esse processo. Se a conclusão dos organismos jurídicos da Casa for pela demissão do servidor, ele acatará a recomendação.
- Se essa for a conclusão de todos os órgãos, não há porque eu contrariar. Mas eu não conheço ainda o processo.
Reforma administrativa
Antes de encerrar a entrevista, ele também disse que pretende acatar todas as recomendações da Fundação Getúlio Vargas destinadas a enxugar a administração do Senado. O senador reafirmou seu propósito de reduzir em 40% a estrutura do Senado e de executar diversas medidas a destinadas a deixar a instituição mais transparente.
- Tomamos a providência, não só de fazer o recadastramento, como de auditar todos os contratos feitos pela Casa. Todas as medidas relativas à moralização do Senado têm sido tomadas.
28/10/2009
Agência Senado
Artigos Relacionados
Senado: prisão especial só para quem corre risco de vida na cadeia
CCJ aprova prisão especial para quem corre risco de vida na cadeia
Brasil não corre risco de racionamento de energia
Fecombustíveis garante que Brasil não corre risco de desabastecimento
Valter Pereira diz que soberania da Amazônia corre risco
Antero alerta: Brasil corre o risco de voltar à UTI