Sarney retorna ao Senado e descarta novo mandato como presidente



O presidente do Senado, José Sarney, retomou sua rotina de trabalho nesta quarta-feira (20), ao voltar à Casa Legislativa depois de passar quase 20 dias afastado para se tratar de uma arritmia cardíaca, primeiro em São Luís (MA) e depois em São Paulo (SP).

- Estou me recuperando para terminar o ano - disse, ao ser questionado por repórteres acerca de seu estado de saúde.

O senador também justificou a falta de quórum para a realização de votações e da reunião de líderes, agendada pela 2ª vice-presidente, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), com o intuito de definir a pauta da Ordem do Dia. Sarney lembrou que ainda há um processo eleitoral a ser concluído, e "isso atrapalha um pouco" os trabalhos no Senado.

José Sarney também comentou uma nota publicada na imprensa informando sua intenção de não tentar a reeleição para o cargo:

- Já dei a minha cota de sacrifício. 

Procedimento médico 

Internado no Hospital Sírio-Libanês desde o dia 5 de outubro para fazer exames médicos, José Sarney teve alta no último sábado (16). Dias antes, havia passado por um procedimento médico denominado ablação, para corrigir uma arritmia cardíaca, em razão de seu organismo não vir respondendo bem aos medicamentos. A ablação, um procedimento sem cortes, é realizado com o uso de um cateter no coração do paciente para que o órgão retome os batimentos normais.

A primeira internação de Sarney ocorreu no início deste mês. Ele acompanhava os últimos momentos antes das eleições e, ao sentir um desconforto no peito, foi levado para o UDI Hospital, em São Luís (MA). Lá, constatou-se um "discreto infiltrado pulmonar", o que justificou sua internação. Ele seguiu para São Paulo, para se submeter a exames complementares e avaliação cardiológica no hospital Sírio-Libanês, onde permaneceu internado, até a realização do procedimento. As equipes que o acompanharam em São Paulo foram coordenadas pelos médicos Roberto Kalil Filho, Raul Cutait, Antonio Carlos Onofre de Lira e Riad Younes.



20/10/2010

Agência Senado


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