Saúde alerta: com a chegada do inverno redobre os cuidados com o corpo
Manter higiene doméstica e dormir em local arejado evitam doenças respiratórias
O inverno começou no dia 20 de junho e só vai terminar 22 de setembro. As baixas temperaturas características da estação do ano exigem cuidados especiais para não contrair doenças respiratórias como gripe, resfriado e alergias.
Manter a higiene doméstica, evitar acúmulo de poeira, dormir em locais arejados, consumir frutas e verduras ricas em vitamina C e ingerir bastante água ajudam a melhorar a qualidade de vida nos dias frios. Evite ambientes fechados e aglomerações, pois facilitam a transmissão de vírus causadores de infecções respiratórias. Os chás caseiros contribuem para a hidratação, mas oferecem conforto temporário.
Os vírus que provocam a gripe e o resfriado circulam mais intensamente nas estações frias, informa a médica Heloisa Pedrosa Mitre, encarregada do Posto de Vacinação do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). Em contato com baixas temperaturas, a imunidade da pessoa fica temporariamente comprometida, mas sem a presença do vírus no ar não haverá infecções.
“Mesmo para o profissional experiente, nem sempre é fácil distinguir clinicamente a Influenza, conhecida como gripe, do resfriado comum, pois a intensidade dos sintomas é subjetiva”, admite a médica.
Porta de entrada – Resfriado não é igual a gripe. O primeiro é uma doença provocada por diversos tipos de vírus. Apresenta sintomas mais leves e não é específico do inverno. É possível resfriar-se várias vezes ao ano, até mesmo no verão. Sua característica principal é o comprometimento das vias aéreas (coriza, tosse seca ou produtiva e dor de garganta). Nos resfriados mais longos, a rouquidão ou tosse podem persistir por vários dias, geralmente sem febre.
Já a gripe é altamente contagiosa e muito comum no inverno. Dissemina-se no ar por meio da tosse, espirros ou pela fala da pessoa doente, que elimina partículas, suspensas no ar. Se a pessoa sadia inalá-las contrai a gripe, que dura, geralmente, até uma semana. Com início súbito, seus sintomas mais comuns são febre, dores musculares e fraqueza.
Todos correm risco de contaminação. Mas crianças, idosos e indivíduos com doenças crônicas cardíacas, respiratórias, renais, hepáticas, neurológicas e metabólicas estão mais propensos a graves complicações. Entre elas, pneumonia, otites e bronquites. Sem contar a ausência da criança à escola e dos pais ao trabalho, maior número de visitas ao médico, internações e uso de antibióticos.
Por ser a gripe possível “porta de entrada para outras doenças”, a Secretaria de Estado da Saúde incentiva anualmente a vacinação de idosos acima de 60 anos. Até o final de maio, quando terminou a campanha, mais de 3 milhões de pessoas da terceira idade foram imunizadas. O número representa cerca de 81% dos 3,7 milhões de paulistas nesta faixa etária.
Em casos específicos, crianças e adultos também são vacinados. A médica Andréa Sanajota, da Divisão de Imunização da Secretaria da Saúde, explica que o antídoto é oferecido a cardiopatas crônicos, portadores de doenças congênitas, HIV, imunodeprimidos (pacientes submetidos a quimioterapia, radioterapia e medicamentos que prejudicam seu sistema imunológico) e a doentes com outras indicações especiais.
Esse público chega ao Centro de Referência de Imunobiológicos com encaminhamento médico de especialistas e é vacinado. Há postos de saúde, integrantes do Programa Nacional de Imunização na capital, em Campinas, Botucatu, Ribeirão Preto e em Santo André, na região do ABC.
Alergias – Quando os termômetros registram baixas temperaturas também ocorre maior incidência de alergias respiratórias, alerta o coordenador de Serviços de Saúde da pasta, Ricardo Tardelli. São ocasionadas pela poeira doméstica (ácaros), pólen, pêlos de animais ou tabagismo passivo e podem desencadear rinite, laringite e asma.
Como alergia não tem cura, a prevenção consiste em evitar os agentes causadores. O tratamento inclui medicamentos como antialérgicos e antiinflamatórios. As chamadas bombinhas são importantes aliadas, mas recomenda-se usá-las com moderação e sempre acompanhadas de orientação médica.
Da Agência Imprensa Oficial
(M.C.)
06/28/2008
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