Saúde oferece curso a médicos da rede privada de SP para diagnóstico precoce da dengue
Estão abertas as inscrições para o Curso de Atualização em Diagnóstico e Manejo Clínico do Paciente com Dengue, que será realizado nesta quinta-feira (9), durante todo o dia, em São Paulo. Destinado a médicos e enfermeiros que trabalham em planos de saúde, o evento tem o objetivo de orientar os participantes a proceder de forma adequada diante de um caso de suspeita de dengue.
As inscrições para o curso em São Paulo podem ser feitas por meio do endereço eletrônico: [email protected]. Os interessados devem informar nome completo, instituição onde trabalha e endereço de e-mail para contato. Todos os participantes receberão certificado. O curso será realizado no auditório da Av. Paulista, 1776 - 2º andar - São Paulo – SP.
O evento é promovido pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão vinculado ao Ministério da Saúde responsável pela regulação do mercado de planos de saúde.
A primeira edição do curso aconteceu semana passada no Rio de Janeiro e contou com a presença de 40 profissionais vinculados às operadoras de planos de saúde ou aos hospitais da rede credenciada. Além do Rio e de São Paulo, a capacitação ocorrerá ainda em Belo Horizonte, em data a ser definida. Dependendo da adesão ao curso, o Ministério da Saúde avaliará a realização de mais edições.
Classificação de risco
Durante o curso, os participantes serão orientados a proceder de forma adequada diante de um caso suspeito, com base na classificação de risco da doença e assistência ao paciente, de acordo com as recomendações do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD).
Existem quatro classificações ou grupos de risco de dengue para os quais os profissionais devem estar atentos. Pacientes que chegam aos serviços de saúde com sinais e sintomas clássicos da dengue, como febre, dores no corpo e na cabeça, além de prostração, mas sem sangramentos, são do grupo A.
Neste caso, o atendimento é realizado em unidades de atenção primária e o profissional de saúde deve prescrever a hidratação oral (ingestão abundante de água por parte do paciente), repouso e uso de analgésicos e antitérmicos para tratar os sintomas da doença. Após o atendimento, o paciente pode voltar para casa, mas não antes de ser alertado quanto aos riscos da automedicação e orientado a não ingerir medicamentos a base de salicilatos (como a aspirina) e anti-inflamatórios, entre outros.
No grupo B são incluídos pacientes que procuram atendimento no serviço de saúde com algum sinal de sangramento. Estes necessitam de atendimento em unidades de atenção secundária de saúde com suporte para manter a pessoa em observação. Nestes casos, a hidratação oral é feita com supervisão e acompanhada de uma avaliação médica.
Caso o paciente chegue ao serviço de saúde com sinais de alarme, como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e queda abrupta de plaquetas, ele se encaixa no grupo de risco C, que exige internação em uma Unidade de Atenção Terciária em Saúde.
Finalmente, o grupo D inclui pacientes que chegam já com sinais de choque e devem ser encaminhados imediatamente para um leito de UTI. Alguns dos sinais apresentados neste estágio são a cionose (pontos roxo-azulados no corpo, que indicam falta de oxigênio no sangue) e pressão baixa.
“Deve-se destacar que, em situações de epidemia, independente da classificação de risco do paciente com dengue, todas as unidades, públicas ou privadas, devem estar aptas a acolher, classificar o risco, atender e, se necessário, encaminhar o paciente para o serviço de saúde compatível”, afirma o coordenador do PNCD, Giovanini Coelho.
Daí a importância de o profissional de saúde estar orientado sobre quais medidas adotar diante de casos suspeitos da dengue, de forma a proceder adequadamente, de acordo com cada situação que se apresentar.
Fonte:
Ministério da Saúde
08/06/2011 16:10
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