Saúde: Secretaria tira dúvidas sobre Aids
Disque-Aids, da Secretaria de Estado da Saúde, recebeu 13 mil ligações de todo o Brasil nos últimos dois anos
A prática de sexo oral é a principal dúvida das pessoas em relação ao contágio pelo vírus HIV. É o que aponta balanço da Secretaria de Estado da Saúde com base nas 13.311 ligações recebidas nos últimos dois anos pelo Disque-Aids, serviço telefônico gratuito para orientar a população de todo o Estado sobre Aids e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
Do total de telefonemas atendidos nesse período, 3.801 foram de pessoas com dúvidas sobre as formas de infecção por HIV (o restante se divide entre locais para teste, janela imunológica, confiabilidade do teste, entre outros - veja abaixo). Desses, 1.045 (27,5%) se referiam especificamente ao sexo oral. E a resposta, nesse caso, é: sim, o sexo oral sem uso de preservativo pode transmitir o vírus da Aids.
Em segundo lugar entre as dúvidas sobre contágio da doença ficaram as perguntas sobre masturbação (216 ligações), seguidas pelas relativas ao uso de materiais perfuro cortantes como seringas e piercings (164), beijo na boca (158), saliva (121), gestação (121) e sexo anal (101).
Também foram registradas ligações de usuários com dúvidas sobre o risco de infecção por dedo no genital, amamentação, picada de insetos e animais, tratamento dentário e acupuntura. Outros 1.673 telefonemas recebidos pelo Disque-Aids eram relativas a informações gerais sobre a transmissão do HIV, mas sem questionamento específico.
Dentre todas as ligações recebidas no período, a principal dúvida foi em relação a locais para teste gratuito de HIV. Foram 2.211 telefonemas sobre esse tema. Em segundo lugar, com 1.075 ligações, ficaram as dúvidas sobre janela imunológica (período em que a realização do teste pode não detectar a presença vírus da Aids no organismo).
O balanço também apontou que a maioria dos telefonemas ao Disque-Aids foi feito por homens: 58,8% do total. A faixa etária predominante, incluindo homens e mulheres, foi entre 20 a 29 anos, com 38,3% das ligações. Outros 24,4% tinham entre 30 e 39 anos de idade. Adolescentes de 13 a 19 anos representaram 13,2% das ligações. As pessoas entre 40 e 49 responderam por 10,2% e as com 50 anos ou mais, 3,4%. Houve, ainda, 0,3% de ligações de crianças menores de 13 anos.
"É importante que as pessoas não tenham medo ou vergonha de perguntar, não apenas em relação a Aids, mas sobre todas as doenças sexualmente transmissíveis. O serviço, além de gratuito, preserva a identidade dos usuários e conta com profissionais altamente especializados para esclarecer a população", afirma Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids.
O Disque-DST/Aids tira dúvidas sobre doenças sexualmente transmissíveis de pessoas de todo o Estado. Mas por sua qualidade chega a atender pessoas de todos os estados brasileiros. Funciona
12/01/2006
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