Schneider quer que o MP apure incidente em Pinhal da Serra



O presidente da Comissão de Serviços Públicos, deputado Elmar Schneider(PMDB), entrou com uma representação no Ministério Público para que a instituição apure os fatos ocorridos na barragem de Barra Grande, no município de Pinhal da Serra, que culminaram no afastamento do comandante do 10º Batalhão, tenente-coronel Luis Carlos Martins. O parlamentar encaminhou a documentação ao procurador-geral de Justiça, Cláudio Barros Silva.

Na opinião de Schneider, os fatos têm relevância penal, pois além de uma ordem judicial ter sido obstruída, houve uma clara ameaça por parte de um deputado da base governista a um comandante militar, quebra de hierarquia e uma visível interferência de um movimento social na ordem pública. " É necessário que se faça uma criteriosa investigação para que evitemos um caos social", avaliou reiterando a isenção e a confiabilidade do Ministério Público.

O parlamentar lembrou ainda, que o caso não é o primeiro desta natureza. "Há um vasto rol, como o incidente da destruição do relógio dos 500 anos, a invasão na Receita Federal e as manifestações na inauguração do Aeroporto Salgado Filho, que remetem à sociedade uma profunda reflexão sobre a fragilidade das instituições de segurança, que se encontram a mercê de um governo que impõe sua política-partidária em todos os níveis de sua esfera administrativa", avaliou o deputado que também entregou cópia da representação ao presidente do Tribunal de Justiça Militar, João Carlos Bona Garcia.

Já o procurador-geral de Justiça, ao receber a documentação, afirmou que tão logo a instituição tomou conhecimento dos fatos deste episódio foi designado o subprocurador-geral de Assuntos Institucionais, Mauro Renner, para reforçar a investigação. "A representação do parlamentar vem a contribuir e servirá como base de sustentação do trabalho já instalado", explicou, lembrando que o Ministério Público, atento às demandas sociais, atuou na apuração de responsabilidades em casos como o da destruição do relógio dos 500 anos, que inclusive originou uma ação penal. "As autoridades devem estar comprometidas com a ordem social e jurídica", concluíu Barros Silva.


03/18/2002


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