SEBASTIÃO ROCHA PEDE PRIORIDADE PARA O MÍNIMO



A elevação do salário mínimo deve preceder a qualquer decisão sobre aumento do teto dos salários no serviço público, na opinião do senador Sebastião Rocha (PDT-AP). Lembrando que uma comissão mista especial examina fórmulas para dar ao mínimo poder de compra equivalente a pelo menos US$ 100, Rocha conclamou o Congresso a firmar posição em torno da prioridade ao reajuste do menor salário pago no País, uma vez que o governo estaria tentando adiar esse reajuste para abril, alegando o peso que a medida teria para a Previdência Social.- A sociedade não vai concordar que se aumente antes o teto - disse o senador, que registrou o apoio do PFL a uma bandeira histórica de partidos como o PDT. Em aparte, o senador Ramez Tebet (PMDB-MS) classificou de "indecente" deixar para mais tarde a decisão sobre o mínimo. No entender do senador Roberto Saturnino (PSB-RJ), esse adiamento seria "imoral". Saturnino enfatizou também a necessidade de concessão de reajuste aos servidores públicos federais, que estão com os salários congelados há seis anos.- Os servidores devem se mobilizar, sob pena de ficarem a ver navios - disse Rocha.O senador pelo Amapá disse que se não houver outra fonte para o aumento do mínimo, pode-se até pensar na possibilidade de utilização dos recursos ora em discussão para integrar o fundo de combate à pobreza previsto em propostas de emenda constitucional (PEC) em tramitação no Senado. Rocha admite ter dúvidas sobre se seria acertado usar os recursos desse fundo, já que se destinariam a programas de renda mínima e bolsa-escola. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sugeriu que o governo coordene as ações destinadas a elevar a renda dos trabalhadores e complementá-la por meio de programas de renda mínima.Segundo o senador José Alencar (PMDB-MG), o aumento do mínimo seria essencial para se ampliar a massa salarial, e, portanto, o mercado consumidor, estimulando a economia e a criação de empregos. Para Alencar, é um engano achar que a indústria é que não quer reajustar o mínimo. Já o senador Lauro Campos, chamou a atenção para políticas mais adequadas em relação ao mínimo, adotadas em países como os Estados Unidos e a Austrália. E a senadora Heloísa Helena (PT-AL) criticou a atitude dos que anunciam a quebra da Previdência, por causa da vinculação do mínimo a alguns benefícios, mas preferem se omitir quanto aos efeitos perversos, sobre as finanças públicas, do reajuste do teto salarial dos três Poderes e da elevação dos juros da dívida interna.

13/03/2000

Agência Senado


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