Segurança: Bombeiros fazem operação para reduzir afogamentos



Mais informações sobre a atuação do Corpo de Bombeiros no endereço www.polmil.sp.gpv.br/salvamarpaulista

Com o intuito de prevenir, orientar e conscientizar, mais uma vez o 17º Grupamento de Bombeiros “Salvamar Paulista” da Polícia Militar está à frente da “Operação Praia Segura”, que tem atuado nas praias do estado, em todos os 615 quilômetros de extensão litorânea. Iniciada no começo do mês, a edição 2006/2007 se estenderá por 90 dias, até 1º de março de 2007, uma semana depois do carnaval.

Durante todo o ano são realizadas campanhas educativas de prevenção à população, que funcionam como etapas preparativas da Operação Praia Segura. Há orientações em escolas, por exemplo, e entregas de folders informativos em todos os lugares que têm travessias, como pedágios e balsas. Outro programa desenvolvido é o ‘Salva Surf’, uma forma de treinamento que capacita os surfistas a auxiliarem os guarda-vidas no atendimento aos banhistas. De acordo com chefe da divisão de operações do CB, major Reynaldo de Almeida Chagas, essa iniciativa é importante, pois os surfistas conhecem o mar, e podem até prestar socorro com o auxílio de suas pranchas.

Para este ano, a operação dispõe de um reforço de 555 guarda-vidas temporários no efetivo, além dos 585 guarda-vidas profissionais e outros 80 homens, entre sargentos e recrutas das unidades do Corpo de Bombeiros. Com o apoio de patrocinadores, das prefeituras e de entidades municipais, essas contratações auxiliam a ampliar a área de cobertura do trabalho de prevenção. O major Chagas ressalta que é importante “investir cada vez mais, aumentando o número de contratações pra cumprir com as necessidades de cada região, já que a maior parte dos óbitos ainda está ocorrendo nos setores onde não há guarda-vidas”.

Ainda segundo o chefe de divisão de operações do CB, nas 283 principais praias do litoral paulista existem cerca de 600 setores de prevenção, correspondentes à área de atuação do guarda-vida, e cuja abrangência varia de acordo com a demanda de pessoas no local. “Nós temos procurado aumentar a área de cobertura, com a contratação do número de guarda-vidas para fazer frente a esses setores”, diz.

“Preste atenção: água no umbigo, sinal de perigo”

O tenente do Corpo de Bombeiros, Marcos Palumbo, alerta que a primeira coisa a ser feita quando se chega à praia, é procurar um salva-vidas, uma vez que ele indicará os melhores lugares para as mães levarem seus filhos e para os banhistas tomarem banho de mar. Outro cuidado é o de seguir as placas de sinalização, já que os bombeiros identificam e delimitam os locais mais perigosos, como os que possuem correntezas fortes e o fundo comprometido.

Mais uma recomendação é a de nunca nadar próximo às pedras costeiras. Ao contrário do que imagina o banhista inexperiente nestes locais, a tendência das correntes é levá-lo para longe das pedras, como acontece com bóias e pranchas, o que acaba forçando os banhistas a se afastarem da areia. “A corrente leva o banhista para o sentido oposto da areia. É o que chamamos de ‘Corrente de retorno’. É um espaço que a própria praia delimita naturalmente, pela característica física de cada maré: as ondas empurram a água para o lugar mais alto, e afasta os banhistas”, completa. Ele explica ainda que o maior número de afogamentos dá-se por esse fenômeno, pois as pessoas geralmente desrespeitam os avisos.

Pesquisas dos Bombeiros definem o perfil das pessoas que mais se afogam. Em geral, são rapazes, dos 14 aos 17 anos, com o primeiro grau completo, residentes na grande São Paulo, que vão à praia com os amigos e se hospedam na casa de conhecidos. Segundo o tenente Palumbo, esses jovens geralmente querem fazer tudo ao mesmo tempo. “Eles querem nadar, comer, pegar onda, beber, tomar sol, e principalmente se mostrar para os amigos, e acabam não respeitando os próprios limites”, diz.

Palumbo alerta ainda que a conscientização deve ser muito grande por parte das pessoas. Recomenda-se o uso constante de protetor solar, não abusando muito do sol e, sempre que possível, usar chapéus e ficar à sombra. “Sempre passar o protetor a cada duas horas, de acordo com as características da pele de cada um, seja ela clara, morena ou escura”, lembra Palumbo.

Para os próximos anos, os Bombeiros esperam consolidar campanhas preventivas e educacionais e manter parcerias. É o caminho para que os índices sejam mantidos ou zerados, afirma. Segundo o tenente Palumbo, em 1999, cerca de 113 pessoas morreram em acidentes nas praias, dentre os 20 milhões de banhistas. Já em 2005, o número de óbitos diminuiu para 36, uma redução de 68%, em grande parte decorrente da operação. “Apesar da queda, o objetivo é de zerar esse número”, completa.

Mais informações a respeito da atuação do Corpo de Bombeiros podem ser encontradas no endereço www.polmil.sp

01/02/2007


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