Semana Mundial do Aleitamento Materno começa nesta quarta-feira (1º)
Leite materno é a melhor forma de fornecer ao recém-nascido todos os nutrientes necessários para um crescimento saudável
A Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM) começa nesta quarta-feira (1º) e vai até a próxima terça-feira (7) em mais de 170 países. A intenção, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é melhorar a saúde de crianças menores de cinco anos em todo o mundo.
De acordo com a OMS, o aleitamento materno é a melhor forma de fornecer ao recém-nascido todos os nutrientes necessários para um crescimento saudável. A orientação é que o bebê receba exclusivamente o leite materno até os seis meses e, depois, seja associado a outros alimentos, até que a criança complete dois anos ou mais. Além de garantir a saúde, o leite materno imuniza contra doenças respiratórias e crônicas, problemas cardiovasculares, diabetes, hipertensão e osteoporose.
Dados da organização indicam que a desnutrição responde, de alguma forma, por uma em cada três mortes de crianças menores de cinco anos, sendo que mais de dois terços estão associadas a práticas inapropriadas de alimentação e ocorrem no primeiro ano de vida do bebê.
“Nutrição e carinho nos primeiros anos de vida são cruciais para uma boa saúde e para o bem-estar ao longo da vida. Na infância, nenhum presente é mais precioso do que o aleitamento materno. Ainda assim, menos de um em cada três bebês é exclusivamente amamentado durante os primeiros seis meses de vida”, informa a OMS.
Bancos de Leite
A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (BLH) tem a missão de promover a saúde da mulher e da criança mediante a integração e a construção de parcerias com órgãos federais, a iniciativa privada e a sociedade.
Segundo a Rede BLH, são necessários dez passos para obter sucesso na política de amamentação: ter uma política de aleitamento materno que seja rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde; capacitar toda a equipe de cuidados da saúde nas práticas necessárias para implementar essa política; informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do leite materno; e ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento do bebê;
Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas dos filhos também é essencial. Não oferecer a recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite materno, a não ser que haja indicação médica; praticar o alojamento conjunto, permitindo que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas; incentivar o aleitamento materno sob livre demanda; não oferecer bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas; e promover grupos de apoio à amamentação e encaminhar as mães a esses grupos na alta da maternidade.
Rede Amamenta Brasil
A Rede Amamenta Brasil é uma estratégia de promoção, proteção e apoio à prática do aleitamento materno na Atenção Básica, por meio de revisão e supervisão do processo de trabalho interdisciplinar nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
O principal objetivo da Amamenta Brasil é contribuir para aumentar os índices de aleitamento materno no País. Entre as suas outras atribuições estão também: a contribuição para a qualificação dos profissionais de saúde; a realização de ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno a partir da realidade das UBS; o monitoramento dos índices de amamentação das populações atendidas pelas unidades básicas, entre outras.
Para fazer parte da Rede Amamenta Brasil, a UBS deve seguir alguns critérios, como garantir a participação de, no mínimo, 80% da equipe na Oficina de Trabalho em Aleitamento Materno, e concretizar, pelo menos, uma ação ao final da oficina.
Bolsa Nutriz e Bolsa Gestante
Desde novembro do ano passado, mulheres em situação de extrema pobreza que tenham filhos de até seis meses de idade passaram a receber o Bolsa Nutriz, como parte do programa Bolsa Família, cuja intenção é estimular a amamentação. Já para as mulheres grávidas de baixa renda foi concedido, durante o período de noves meses, o benefício Bolsa Gestante, que visa estimular a realização do pré-natal.
Os dois benefícios são no valor de R$ 32 e seguem os mesmo critérios usados para a concessão do Bolsa Família, ou seja, cada família poderá receber benefícios correspondentes a, no máximo, cinco crianças – incluindo bebês em fase de gestação e aqueles que estão sendo amamentados. A renda mensal deve ser de até R$ 140 mensais por membro da família.
O benefício da gestante dura nove meses e começa a partir do momento em que o Sistema Único de Saúde (SUS) for informado da gravidez. A lactente terá o auxílio por seis meses, contados a partir do registro do recém-nascido. No caso da amamentação, o benefício se somará aos R$ 32 mensais que já são garantidos pelo nascimento do filho.
Entre junho a setembro de 2011, 180 mil novas famílias foram cadastradas no programa. A meta do governo é incluir 800 mil até dezembro de 2013.
História
O Dia Mundial da Amamentação foi criado em 1º de agosto de 1992 - pela Aliança Mundial de Ação pró-Amamentação (World Alliance for Breastfeeding Action - WABA) -, com o objetivo de combater a desnutrição infantil promovendo a amamentação natural e possibilitar a criação de bancos de leite para crianças que não tem condições de serem amamentadas por suas mães.
A data comemora a assinatura da Declaração de Innoceti, em agosto de 1990, por diversos países, além do Brasil. Uma das finalidades do documento é estabelecer um comitê nacional de coordenação da amamentação e adotar uma legislação que proteja a mulher que amamenta no trabalho.
Leia mais:
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Banco de leite estimula mães a manterem amamentação dos bebês, diz Ministério da Saúde
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Fontes:
Agência Brasil
Fiocruz
Ministério da Saúde
01/08/2012 12:44
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