Senado homenageia o escritor amazonense Leandro Tocantins, que morreu no início deste mês



O Senado aprovou nesta terça-feira (6) requerimento de voto de pesar do líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), pelo falecimento no dia 1º deste mês, aos 85 anos, do escritor amazonense Leandro Tocantins. Vários senadores, entre os quais o presidente do Senado, José Sarney, e os líderes do PDT, Jefferson Peres (AM) e do PFL, José Agripino Maia, entre outros, ressaltaram a contribuição do escritor para a compreensão e o conhecimento da vida na Região Amazônica. Autor de obras como
Um Rio Comanda a Vida e Formação História do Acre, Leandro publicou mais de 30 livros, abordando os mais variados aspectos da  Amazônica. - Quem escreveu um livro como O Rio Comanda a Vida nem precisaria escrever mais nada. É um clássico da Amazônia, no qual ele disserta sobre o condicionamento do caboclo ao rio; sobre o ritmo de vida do caboclo, que é ditado pelo rio, que lhe dá alimento, transporte, lazer e tudo mais – disse Jefferson Peres. Sarney contou que foi amigo Leandro Tocantins, a quem louvou a qualidade da obra. Ele relatou que, nos anos 70, estiveram juntos nos sertões da Paraíba, nas áreas de areia de Campina Grande, do sertão e do semi-árido, quando percorreram os caminhos onde José Américo escreveu A Bagaceira. O escritor, conforme Arthur Virgílio, foi um pesquisador da vida e da história da Amazônia. - Trata-se de um grande brasileiro, que soube interpretar, à perfeição, a beleza de um povo, e é um vulto a ser cultivado pelas novas gerações, que precisam reler seus livros - disse.

Para Tião Viana, a obra mais completa sobre o Acre e sobre a Amazônia Ocidental é Formação História do Acre. Antonio Carlos Magalhães lembrou que, quando presidiu a Casa fez publicar esse livro, atendendo a apelo do colega acreano. Hoje, durante a votação do requerimento, Sarney solicitou a distribuição da obra aos senadores no Plenário.



06/07/2004

Agência Senado


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