SENADO INICIA CATALOGAÇÃO DE ACERVO ARTÍSTICO E ANUNCIA EXPOSIÇÃO



Convênio entre o Senado e o Museu Nacional, do Rio de Janeiro, permitiu a restauração de cerca de 300 obras de arte do acervo da Casa. Digno dos melhores museus do país, o acervo está sendo agora identificado e catalogado para em breve ser exposto ao público. .
De acordo com o professor Moreira Dias Azevedo, da Associação do Ensino Unificado do Distrito Federal (AEUDF), responsável pelo exame de cada uma das obras, as técnicas de restauração utilizadas no Rio só eram disponíveis em Nova York ou Paris. .
Além dessas obras, há cerca de 100 outros quadros distribuídos pelos gabinetes dos senadores, pela presidência e na residência oficial do Senado, que também serão analisados por Azevedo. Em uma segunda etapa, serão identificadas outras 50 obras de arte provenientes da representação do Senado Federal no Rio de Janeiro (recentemente extinta). .
Na coleção, estão obras de Debret, Djanira, Di Cavalcanti, Burle Marx, Carlos Scliar, Franz Krajcberg, Thereza Miranda e cerca de 60 outros artistas, cujo valor ainda não foi calculado. Algumas já foram orçadas pela professora Celina Ribeiro há dois anos, mas seus preços podem estar defasados. .
- Um artista como Scliar, por exemplo, já começa a não ter preço, ou a ter preços definidos apenas em leilões - diz o professor português, radicado há 21 anos no Brasil. .
Apenas uma tapeçaria de Burle Marx - que está exposta no Museu do Senado Federal - foi avaliada, em 1997, por US$ 180 mil (cerca de R$ 360 mil). Segundo Azevedo, as três dezenas de gravuras que analisou até agora já superam, conjuntamente, esse valor. .
Por determinação do diretor da Secretaria de Informação e Documentação do Senado, Paulo Afonso Lustosa de Oliveira, o professor Azevedo não somente determina a técnica utilizada em cada um dos trabalhos como também está preparando um pequeno texto introdutório sobre cada uma das obras. A idéia é apresentá-las ao público em uma linguagem sem jargões técnicos, identificando a intenção do autor e a época e o contexto em que foram realizadas. .
Com a identificação completa, Paulo Lustosa de Oliveira quer preparar um catálogo com todo o acervo, que poderá ser utilizado como presente para autoridades estrangeiras em visita ao Senado Federal. A exposição, ainda sem data definida, será feita após a classificação das obras.

11/10/1999

Agência Senado


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