Senado instala CPI do Apagão Aéreo nesta quarta-feira (16), diz Casagrande



Ao sair da reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros, o líder do PSB, senador Renato Casagrande (ES), anunciou que governo e oposição chegaram a um acordo para dividir a composição da CPI do Apagão Aéreo em dois blocos: o do governo terá sete integrantes, enquanto o da oposição terá seis integrantes, dos quais três do DEM, dois do PSDB e um do PDT. Pelo acordo, a CPI será instalada nesta quarta-feira (16).

Casagrande afirmou que, também na reunião com os líderes partidários, ficou estabelecido que, na sessão deliberativa dessa terça-feira (15), serão votadas quatro medidas provisórias e, na sessão da quarta-feira (16), as derradeiras seis MPs que têm prazo de vigência até o dia primeiro de junho. Ele anunciou haver acordo entre governo e oposição para essas votações, com a finalidade de limpar a pauta. Sobre o projeto que concede aumento de 29,81% para os parlamentares, o líder do PSDB disse que ele é quase consensual e que, por isso, pode estar na pauta de votações nos próximos dias.

Já o líder do DEM, José Agripino (RN), explicou que, ao bloco do governo, caberá o cargo de presidente da CPI, enquanto que, à oposição, caberá indicar o relator.

- O nome mais cotado é o do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), por seu perfil de investigador e experiência de promotoria pública - disse.

Para Agripino, a preocupação de todos os integrantes da CPI será fornecer respostas ao povo brasileiro sobre a situação de caos que se instalou no país em relação ao transporte aéreo, depois do acidente entre os jatos Boeing da Gol e o Embraer da Excelair, que vitimou 154 pessoas.

- O ponto de partida das investigações da CPI precisa ser o depoimento dos controladores de vôo. Sem saber o que eles têm a dizer sobre o acidente e, sobretudo, sobre a crise aérea, permaneceremos no escuro - observou.

Segundo Casagrande, a sociedade brasileira exige uma CPI do Apagão Aéreo com resultados concretos e longe de discussões áridas. Afirmou ser imperioso evitar a competitividade ou o retrabalho entre as CPIs do Apagão Aéreo na Câmara e no Senado.

Até o momento, os nomes mais cotados para integrar a CPI do Apagão Aéreo são os dos senadores Wellington Salgado (MG), Gilvam Borges (AP) e Leomar Quintanilha (TO), pelo PMDB; Sérgio Guerra (PE) e Mário Couto (PA), pelo PSDB; José Agripino (RN), Antonio Carlos Magalhães (BA) e Demóstenes Torres (GO), pelo DEM; Osmar Dias (PR) pelo PDT; e Renato Casagrande (ES) pelo PSB. O PT ainda não escolheu seus integrantes para completar a lista de 13 membros.

Quanto à CPI das ONGs, permanece o impasse: todos os seus 11 integrantes já foram indicados, faltando apenas o representante do PT. A líder do PT, senador Ideli Salvatti (SC), esteve presente à reunião, mas deixou o local sem nada falar com os jornalistas.

15/05/2007

Agência Senado


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