Senado presta homenagem ao marechal Rondon



O Senado Federal prestou, nesta quinta-feira (3) uma homenagem aos 142 anos de Cândido Mariano da Silva Rondon, o marechal Rondon. O ano de 2007 também marcou o centenário da instituição da Comissão Rondon, que desbravou o interior do Brasil para instalar linhas telegráficas, ao mesmo tempo em que entrou em contato com diversas tribos indígenas ainda desconhecidas e revisou a geografia do país.

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O requerimento para realização da sessão foi feito pelo senador Jayme Campos (DEM-MT). A Mesa foi presidida pelo senador Gerson Camata (PMDB-ES), e contou com as presenças do neto do marechal, Almanzar Rondon; do presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, deputado Sérgio Ricardo; do representante do presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia, deputado Professor Dantas; do presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, desembargador Paulo Lessa e do secretário de Cultura de Mato Grosso, João Carlos Vicente Ferreira.

Em discurso, o senador Jayme Campos afirmou que o marechal Rondon foi um brasileiro exemplar, "um exemplo singular de soldado que impõe sua liderança em tempo de paz, redescobrindo os caminhos do Brasil". Jayme Campos ainda afirmou que as missões capitaneadas pelo marechal "redirecionaram a vocação interiorana e reinventaram a história do Brasil ".

Também discursaram os senadores Expedito Júnior (PR-RO), Romeu Tuma (DEM-SP), Eduardo Suplicy (PT-SP), Cristovam Buarque (PDT-DF), Serys Slhessarenko (PT-MT), Mão Santa (PMDB-PI), Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Arthur Virgílio (PSDB-AM).

Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu em Mimoso, atual Santo Antônio do Leverger, no estado de Mato Grosso. Entrou para o Exército em 1881, e graduou-se como bacharel em Matemática e em Ciências Físicas e Naturais pela Escola Superior de Guerra. Rondon assumiu um papel ativo na luta contra a escravatura e pela proclamação da república.

Em 1892 Rondon foi nomeado chefe do distrito telegráfico de Mato Grosso, quando começou a chefiar a instalação de várias linhas telegráficas pelo interior do Brasil.Quinze anos depois, em 1907 foi nomeado chefe da comissão que deveria instalar a primeira linha telegráfica a alcançar a Amazônia. Essa comissão seria conhecida como "Comissão Rondon". Além de instalar essas linhas, Rondon revisou a geografia do Brasil, na medida em que aperfeiçoou a cartografia então conhecida, ao acrescentar novos rios, revisar a topografia, fazer descobertas sobre a flora e fauna do país e entrar em contato com tribos indígenas ainda desconhecidas.

Por seus feitos, Rondon recebeu várias condecorações. No Brasil, foi condecorado com a patente de marechal, além de nomear o então Território Federal do Guaporé, atual Rondônia. No exterior, Rondon recebeu indicação de 15 países ao Prêmio Nobel da Paz de 1957, por jamais usar da violência em suas missões, pensamento imortalizado na frase "Morrer, se preciso for; matar, nunca".

O marechal ainda inspirou o Projeto Rondon, movimento iniciado em 1967, que procura integrar o estudante universitário à realidade brasileira, por meio de visitas a comunidades carentes de várias regiões. Nessas missões, os estudantes promovem assistência médica, ações sociais, trabalhos de saneamento básico, entre outros tipos de atividades.



03/05/2007

Agência Senado


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