Senado vai homenagear Mário Covas



O ex-senador e governador de São Paulo Mario Covas será homenageado nesta terça-feira (29), a partir das 14h, no Plenário do Senado. O requerimento da homenagem é da senadora Marisa Serrano (PSDB-MS).

Morto há dez anos, Covas "foi um dos maiores líderes políticos do país", na opinião da parlamentar. Segundo Marisa, ele atuou sempre com brilhantismo ao longo de sua vida pública, deixando como marca sua postura ética e sua dedicação.

Nascido em Santos (SP), no dia 21 de abril de 1930, Covas foi o 18º e o 19º governador de São Paulo, no período compreendido entre 1º de janeiro de 1995 e 22 de janeiro de 2001. Ele deixou o cargo em decorrência de um câncer, vindo a falecer em 2001.

Formado em engenharia civil, iniciou a militância política como estudante universitário, tendo sido eleito, em 1955, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Sua vida pública começou em 1961, quando foi candidato a prefeito de Santos, perdendo, no entanto, a eleição. No ano seguinte, elegeu-se deputado federal pelo então Partido Social Trabalhista (PST). Em 1968, Covas liderava a bancada oposicionista na Câmara dos Deputados, mas foi cassado em 1969 pelo Ato Institucional nº 5 (AI-5). Com a perda dos direitos políticos, dedicou-se à engenharia.

Segundo dados divulgados pela Fundação Mario Covas, o político foi incluído na lista dos melhores parlamentares desde o início do seu primeiro mandato como deputado federal, em 1963, até o ano de 1968. Essa lista era organizada pelos jornalistas que cobriam o Congresso Nacional à época.

Ao reconquistar seus direitos políticos em 1979, Covas retomou a luta contra a ditadura militar, quando se elegeu presidente do então Movimento Democrático Brasileiro (MDB), substituído posteriormente pelo atual PMDB. Foi ainda secretário de estado dos Transportes e prefeito de São Paulo. Em 1986, Covas foi eleito senador com 7,7 milhões de votos, e liderou a bancada do PMDB no Senado durante a Assembleia Nacional Constituinte.

Em 1989, foi presidente nacional do PSDB, partido que ajudou a fundar e pelo qual concorreu às eleições presidenciais de 1989 - as primeiras realizadas desde 1960. Nessas eleições, Covas ficou em quarto lugar, atrás de Fernando Collor - eleito no segundo turno - Luiz Inácio Lula da Silva e Leonel Brizola.

No ano seguinte, também foi derrotado nas eleições para governador de São Paulo. Já em 1994, foi novamente candidato ao governo do estado e venceu o pleito com 8,6 milhões de votos. Foi reeleito para o cargo em 1998 com 9,8 milhões de votos. Seus dois mandatos foram dedicados ao saneamento das finanças públicas, com medidas destinadas a promover ajuste fiscal e equilíbrio orçamentário.

Como governador, Covas adotou, entre outras providências, o chamado Programa Estadual de Desestatização (PED), que privatizou as principais empresas e estradas estaduais entre 1995 e 2000. Entre essas instituições privatizadas destacam-se: Banco do Estado de São Paulo (Banespa); Companhia Energética de São Paulo (CESP); Eletricidade de São Paulo (Eletropaulo); Rodovia dos Bandeirantes; Rodovia dos Imigrantes; Via Anchieta; e Via Anhanguera.

Em 1998, Covas retirou um tumor maligno da bexiga e foi submetido à quimioterapia. A doença voltou e ele afastou-se do governo de São Paulo em 2001, para ser submetido à nova cirurgia, na qual foi retirada parte de seu intestino. A doença se agravou e ele morreu no dia 6 de março de 2001. Seu corpo está sepultado no Cemitério de Paquetá, em Santos.



25/03/2011

Agência Senado


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