SENADO VOTA PESAR PELA MORTE DE JOÃO SAAD
Simon afirmou que Saad foi um homem sério, lutador e responsável "que jamais usou o poder incomensurável de uma rede de comunicação - maior do que o do Congresso Nacional - que não fosse a favor da verdade e na busca do melhor para o país". O senador lembrou que Saad sempre esteve preocupado com o Brasil e, há alguns anos, achou que o país tinha encontrado o rumo. "Ultimamente não estava tão otimista", disse. .
O senador pelo Rio Grande do Sul lembrou que à época do regime militar a Rede Bandeirantes de Televisão manteve o único programa com liberdade de debate e opinião, o Crítica e Autocrítica, aos domingos. "Sob o patrocínio da Gazeta Mercantil, representava um espaço livre para que alguns contestassem a ditadura e outros defendessem o regime", enfatizou. .
Simon disse que os descendentes de árabes são lutadores, têm garra e vontade de vencer. "Como irmãos de raça, João Saad e eu, agradecemos ao Brasil por ter recebido nossa famílias de braços e corações abertos", disse o senador, para quem os filhos do empresário herdaram seu espírito de luta e seriedade. Ele manifestou sua certeza de que a empresa manterá os mesmo ideais de justiça e verdade que sempre nortearam o trabalho de Saad à frente da Bandeirantes. .
O senador Lúcio Alcântara concordou com as palavras de Simon, lembrando que Saad venceu num mercado difícil, como o das comunicações, enfrentando concorrentes poderosos. "Ele manteve um espaço de liberdade para contestar, mesmo nos momentos mais difíceis da ditadura militar", afirmou. .
Alcântara lembrou que, depois da democratização do país, Saad abriu espaços para o esporte nacional e internacional. "Nos dias de hoje, é a Rede Bandeirantes de Rádio e TV que mais vinculação mantém com o esporte, numa visão de futuro que Saad conduzia com mãos firmes", disse ele.
11/10/1999
Agência Senado
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