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O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) perguntou se a ferrovia que liga Brasília a Luziânia (GO), atualmente utilizada para transporte de cargas, também poderia servir para o transporte de pessoas. Segundo Rollemberg, há um fluxo diário de 300 mil pessoas entre o Distrito Federal e Luziânia. Bernardo Figueiredo respondeu que o projeto é viável e que sua implementação deve começar no próximo ano.

Já a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) apontou a situação precária em que estaria boa parte da BR-319, na região Norte. Ela disse que "hoje é mais fácil para o amazonense chegar à Venezuela do que a outros estados". Bernardo Figueiredo respondeu que a ANTT vai levantar as informações sobre essa rodovia.

Recursos governamentais e concessões

Blairo Maggi (MT-PR) disse que há ferrovias privatizadas que, por falta de carga a ser transportada, não são capazes de se manter sozinhas. O senador pelo Mato Grosso argumentou então que, "se existe a decisão política de manter tais ferrovias, isso deve ser feito com recursos públicos". Blairo também defendeu a concessão de rodovias visando à sua modernização. Ele sugeriu que a ANTT crie "um pequeno grupo" para identificar os trechos que poderiam ser submetidos a concessão.

- Certamente há rodovias nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste que entrariam nesse grupo. Há rodovias em Mato Grosso, por exemplo, que são o caos - declarou.

O senador Sérgio Souza (PMDB-PR), por sua vez, afirmou que "há um estrangulamento do crescimento econômico do país por conta dos modais de transporte". Ele também questionou as diferenças entre as privatizações na área de transportes feitas na década de 1990 e as mais recentes.

Além disso, Sérgio Souza alegou que é preciso modernizar a ferrovia que vai do município de Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao de Paranaguá, no Paraná.

- É um grande corredor de exportações que é importante para o desenvolvimento dessa região - assinalou.

O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), apesar de defender a indicação de Bernardo Figueiredo, avaliou que a ANTT poderia ter dado "contribuição maior para a reestruturação da malha ferroviária". Ao comentar o papel da agência, disse que a ANTT "não pode ser capturada pelo setor privado nem ficar submissa ao Ministério dos Transportes".

Para ser confirmada, a indicação de Bernardo Figueiredo para o segundo mandato ainda terá de ser aprovada no Plenário do Senado.

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