Senadores da CPI da Pedofilia vão a Roraima ouvir envolvidos em abuso sexual contra crianças



Matéria alterada às 18h12

Os senadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia estarão em Boa Vista entre os dias 4 e 7 de julho para ouvir 16 pessoas envolvidas em denúncias de prática de pedofilia e abuso sexual contra crianças e adolescentes. Requerimentos nesse sentido foram aprovados em reunião do colegiado realizada nesta quinta-feira (26). Entre os acusados, identificados pela Operação Arcanjo, deflagrada no início de junho pela Polícia Federal (PF) em parceria com unidades policiais de Roraima, estão o procurador-geral do estado, Luciano Alves Queiroz, e o major da Polícia Militar Raimundo Ferreira Gomes, presos desde o início da operação.

Conforme informou o senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI, o governador de Roraima, José de Anchieta Júnior, pediu apoio do colegiado na apuração do caso. Em atenção ao pedido, a CPI aprovou a realização da viagem a Boa Vista e a convocação dos envolvidos. Na oitiva a ser realizada em Roraima, também serão ouvidos, entre outros, o funcionário do Tribunal de Regional Eleitoral de Roraima Hebron Silva Vilhena e ainda Givanildo dos Santos Castro e Lidiane do Nascimento Foo, que também estão presos sob acusação de integrar o esquema de exploração sexual de menores.

Em resposta a jornalistas, Magno Malta informou que a CPI buscará apurar, na viagem a Boa Vista, denúncia de envolvimento do deputado federal Luciano Castro (PR-RR), que teve o nome citado por uma vítima, no esquema de pedofilia em Roraima. O senador informou que o deputado, em declarações informais, teria negado as acusações e anunciado sua disposição de comparecer à CPI para esclarecer os fatos.

O esquema de pedofilia em Roraima foi descoberto a partir de interceptação de ligações telefônicas e de imagens que revelaram o comércio sexual de crianças e adolescentes. As vítimas, informou Magno Malta, eram crianças de famílias humildes, em sua maioria, e em idades que variam de cinco a 14 anos. Os acusados irão responder pelos crimes de prostituição infantil, estupro com violência presumida, atentado violento ao pudor e ainda corrupção de menores. 



26/06/2008

Agência Senado


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