Senadores investigam denúncia de trabalho escravo no Pará



Cinco senadores que integram uma Comissão Temporária Externa estiveram hoje nas instalações da empresa Pará Pastoril e Agrícola S/A (Pagrisa), na cidade de Ulianópolis (PA) para investigar denúncias de uso de trabalho escravo. Os senadores conversaram com funcionários da empresa e ouviram a defesa da Pagrisa.

Após a visita à empresa, os senadores Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Kátia Abreu (DEM-TO), Romeu Tuma (DEM-SP) e Cícero Lucena (PSDB-PB) não ficaram convencidos a respeito da procedência da denúncia. Eles poderão realizar uma audiência no Senado para ouvir os depoimentos de representantes da Pagrisa e de representantes do Ministério do Trabalho e Emprego, que autuou a usina de açúcar e álcool por uso de trabalho similar à escravidão.

Para a relatora da comissão externa, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), a Pagrisa parece oferecer condições necessárias de trabalho - opinião semelhante à do presidente do colegiado, senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Segundo ele, o trabalho escravo seria caracterizado pela ausência de remuneração, do direito de ir e vir e de condições satisfatórias de saúde, o que não estaria ocorrendo na usina.

O senador Romeu Tuma (DEM-SP) afirmou que o assunto merece uma investigação profunda, inclusive por parte da Polícia Federal.

A Comissão Temporária Externa que investiga a denúncia foi criada a partir de requerimento do senador Flexa Ribeiro.



20/09/2007

Agência Senado


Artigos Relacionados


José Nery denuncia trabalho escravo no sul do Pará

Comissão viaja para investigar denúncia de trabalho escravo no Pará

Paulo Paim denuncia "trabalho escravo" na produção de álcool

Senadores da Subcomissão do Trabalho Escravo viajam ao Maranhão e ao Pará

Senadores da Subcomissão do Trabalho Escravo viajam ao Maranhão e ao Pará

Cancelada audiência pública sobre denúncia de trabalho escravo na Pagrisa