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- Trata-se de uma tragédia da qual não tínhamos a dimensão. É uma dor sem tamanho. Só não é maior que a solidariedade do povo fluminense, que está arregaçando as mangas, limpando suas calçadas, cuidando de seus mortos - comentou o senador.

Até o início da tarde desta quinta, o Corpo de Bombeiros do estado e as prefeituras dos municípios de Petrópolis e Teresópolis haviam registrado 385 mortes em decorrência dos alagamentos e desabamentos. O senador eleito Lindberg Farias (PT-RJ) esteve em Nova Friburgo, avaliando a situação e apresentando sua solidariedade às vítimas, ao lado de Dilma, do governador Sérgio Cabral, de ministros e de secretários.

De acordo com o senador Crivella, tanto a presidente Dilma quanto os ministros da comitiva se comprometeram a mover todos os recursos necessários ao socorro das vítimas e à prevenção de novas tragédias.

Na quarta-feira (12), Dilma assinou a Medida Provisória 522/11, que destina R$ 780 milhões para os ministérios enviarem auxílio às regiões afetadas. O Ministério da Saúde anunciou que enviará mais de 7 toneladas de medicamentos e insumos para o auxílio às pessoas atingidas pelas enchentes no estado.

Responsabilidade comum

Eduardo Suplicy (PT-SP), senador pelo segundo estado mais atingido pelas enchentes, disse acreditar que há uma responsabilidade comum de todos os poderes públicos na catástrofe que se vê no país neste início de 2011, uma vez que todos vinham sendo avisados sobre os perigos das cada vez mais devastadoras chuvas de verão.

- Mas não é momento de se atribuir culpas a esse ou àquele partido - ponderou Suplicy.

Na avaliação do senador, para evitar a repetição anual da tragédia das chuvas, é fundamental aprimorar estudos sobre as águas e o solo e fazer os investimentos corretos em infraestrutura, saneamento e canalização às margens dos rios.

- Precisamos aumentar o conhecimento da população e do poder público para evitar construções em áreas de risco e o acúmulo de lixo que prejudica o fluxo das águas - disse o senador.

Em São Paulo, diversas cidades do interior e da região metropolitana ficaram sob as águas. Entre as mais atingidas está Franco da Rocha, onde se acredita que a abertura das comportas de uma represa possa ter agravado a situação. Cidades do Sul de Minas Gerais e do Espírito Santo também estão em estado de emergência.

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