Senadores que integrarão CPI da Petrobras devem ser indicados nesta terça



Termina nesta terça-feira (26) o prazo regimental de cinco sessões deliberativas para que os líderes dos partidos indiquem os 11 parlamentares que integrarão a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. O líder do Bloco de Apoio ao Governo, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), afirmou que divulgará neste prazo os nomes dos parlamentares do bloco que farão parte da CPI.

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De acordo com o senador João Pedro (PT-AM), os partidos que fazem parte do Bloco de Apoio ao Governo reúnem-se pela manhã para escolher os nomes; o PT fará reunião às 13h com o mesmo objetivo. O Bloco de Apoio ao Governo - formado por PT, PR, PSB, PCdoB e PRB - tem três vagas na comissão.

A expectativa é de que o PMDB também divulgue na mesma data os nomes dos três senadores da agremiação que integrarão a CPI. Caso algum líder partidário não indique os representantes do seu partido na comissão, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), terá o prazo de três sessões deliberativas para fazer as indicações.

Mas se a tendência é de que os nomes dos componentes da CPI sejam definidos nesta terça-feira, o mesmo não deve ocorrer com a presidência e a relatoria da comissão. A oposição reivindica a presidência da CPI e o governo reluta em ceder o cargo. Para o senador João Pedro (PT-AM), os governistas devem ficar com a presidência e com a relatoria da CPI.

- A maior preocupação é evitar a politização da CPI. Temos que defender a Petrobras, um patrimônio da sociedade brasileira - argumentou João Pedro em entrevista à imprensa na tarde desta segunda-feira (25).

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR), um dos indicados pelos partidos de oposição para a presidência da comissão, reconhece que um acordo será difícil. O senador entende que, por direito, a presidência deveria caber a ele próprio, autor do requerimento que criou a comissão.

- Acho difícil o acordo. O governo até admite que a oposição indique a presidência, mas quer monitorar a indicação. Dizem que pode até ser alguém da oposição, mas não pode ser fulano de tal. A oposição não pode dar aval a vetos do governo, não pode aceitar interferências indevidas - afirmou o senador Alvaro Dias, também em entrevista à imprensa.

O líder do DEM, senador José Agripino (RN), disse ter conversado na quinta-feira passada com o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), e com o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre o assunto. De acordo com Agripino, ambos consideravam conveniente dividir a direção da CPI com a oposição. Para o senador, uma CPI em que o governo ocupasse a presidência e a relatoria seria "uma comissão de um lado só".

- Fazemos questão de participar do comando da CPI para dar credibilidade às investigações. Denúncias sobre irregularidades na Petrobras têm sido publicadas na imprensa e isso precisa ser investigado em uma CPI sem política, sem emoção, de modo que a Petrobras ganhe com a CPI e saia mais limpa da investigação - defendeu Agripino.

Completam a CPI um senador do PDT e um do PTB. Este último indicou para compor o colegiado o senador Fernando Collor (AL).

Silvia Gomide / Agência Senado



25/05/2009

Agência Senado


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